Pasárgada

…Cheguei no momento da criação do mundo e resolvi não existir. Cheguei ao zero-espaço, ao nada-tempo, ao eu coincidente com vós-tudo, e conclui: No meio do nevoeiro é preciso conduzir o barco devagar.


Serei o que fui, logo que deixe de ser o que sou; porque quando fui forçado a ser o que sou, foi porque era o que fui.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2018


Liturgia no Concílio Vaticano II


Depois de uma fervorosa novena ao Divino Espírito Santo, inaugurou-se solenemente no dia 11 de Outubro de 1962, na Basílica de São Pedro, o XXI Concílio Ecuménico, o Concílio Vaticano II, o mais ecuménico de toda a história.
No dia 22 de Outubro começaram os debates em torno da liturgia em geral e da renovação litúrgica (24/10), língua litúrgica (26/10), participação ativa na liturgia (27/10), o princípio da adaptação (29/10), concelebração (30/10), Liturgia da Palavra (31/10), Liturgia dos Sacramentos (06/11), o breviário (09/11)…
O primeiro Documento a ser aprovado, foi a Sacrosanctum Concilium, no dia 04 de Dezembro de 1963.
Sacrosanctum concilium(1963) define que:
A liturgia é tida como o exercício do múnus (função) sacerdotal de Jesus Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o corpo místico de Jesus Cristo – cabeça e membros – presta a Deus o Culto Público integral. (SC 7). Liturgia é o cume para o qual tende a acção da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força para a santificação dos homens em Cristo e a glorificação de Deus. Para ela, tendem todas as demais obras da Igreja (SC 10).
A própria Liturgia, impele os fiéis que, saciados dos “sacramentos pascais”, sejam “concordes na piedade”; reza que, “conservem em suas vidas o que receberam pela fé”; a renovação da Aliança do Senhor com os homens na Eucaristia solicita e estimula os fiéis para a caridade imperiosa de Cristo. Da Liturgia portanto, mas da Eucaristia principalmente, como de uma fonte, deriva a graça para nós e com a maior eficácia é obtida aquela santificação dos homens em Cristo e a glorificação de Deus, para a qual, como a seu fim, tendem todas as demais obras da Igreja (SC 10).
A Liturgia, pela qual, principalmente no divino sacrifício da Eucaristia, “se exerce a obra de nossa Redenção”, contribui do modo mais excelente para que os fiéis exprimam em suas vidas e aos outros manifestem o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja. Caracteriza-se a Igreja de ser, a um só tempo, humana e divina, visível, mas ornada de dons invisíveis, operosa na acção e devotada à contemplação, presente no mundo e no entanto peregrina. E isso de modo que nela o humano se ordene ao divino e a ele se subordine, o visível ao invisível, a acção à contemplação e o presente à cidade futura, que buscamos (SC 2).
Cristo está sempre presente em Sua Igreja, sobretudo nas acções litúrgicas. Presente está no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, “pois aquele que agora oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que outrora se ofereceu na Cruz”, quando sobretudo sob as espécies eucarísticas. Presente está pela Sua força nos sacramentos, de tal forma que quando alguém baptiza é Cristo mesmo que baptiza. Presente está pela sua Palavra, pois é Ele mesmo que fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na igreja…(SC 7).
Referencias:
BOROBIO,Dionisio. A Celebração na Igreja vol1. Edições loyola, 1990
NEUNHEUSER, Burkhard. História da liturgia através das épocas culturais, tradução de José Raimundo de Melo. Edições Loyola. São Paulo, 2007.


Gabela, 21 de Setembro de 2018
Kaquinda Dias

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