Liturgia
no Concílio Vaticano II
Depois de uma fervorosa novena ao Divino Espírito Santo,
inaugurou-se solenemente no dia 11 de Outubro de 1962, na Basílica
de São Pedro, o XXI Concílio Ecuménico, o Concílio Vaticano II, o mais ecuménico
de toda a história.
No dia 22 de Outubro
começaram os debates em torno da liturgia em geral e da renovação litúrgica (24/10),
língua litúrgica (26/10), participação ativa na liturgia (27/10), o princípio da
adaptação (29/10), concelebração (30/10), Liturgia da Palavra (31/10), Liturgia
dos Sacramentos (06/11), o breviário (09/11)…
O primeiro Documento
a ser aprovado, foi a Sacrosanctum Concilium, no dia 04 de Dezembro de 1963.
Sacrosanctum concilium(1963)
define que:
A liturgia é tida como o exercício do múnus (função) sacerdotal de
Jesus Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam
a santificação dos homens; nela, o corpo místico de Jesus Cristo – cabeça e membros
– presta a Deus o Culto Público integral. (SC 7). Liturgia é o cume para o qual tende a acção da Igreja e, ao mesmo
tempo, é a fonte donde emana toda a sua força para a santificação dos homens em
Cristo e a glorificação de Deus. Para ela, tendem todas as demais obras da Igreja
(SC 10).
A própria Liturgia, impele os fiéis
que, saciados dos “sacramentos pascais”, sejam “concordes na piedade”; reza que,
“conservem em suas vidas o que receberam pela fé”; a renovação da Aliança do Senhor
com os homens na Eucaristia solicita e estimula os fiéis para a caridade imperiosa
de Cristo. Da Liturgia portanto, mas da Eucaristia principalmente, como de uma fonte,
deriva a graça para nós e com a maior eficácia é obtida aquela santificação dos
homens em Cristo e a glorificação de Deus, para a qual, como a seu fim, tendem todas
as demais obras da Igreja (SC 10).
A Liturgia, pela qual, principalmente
no divino sacrifício da Eucaristia, “se exerce a obra de nossa Redenção”, contribui
do modo mais excelente para que os fiéis exprimam em suas vidas e aos outros manifestem
o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja. Caracteriza-se a
Igreja de ser, a um só tempo, humana e divina, visível, mas ornada de dons invisíveis,
operosa na acção e devotada à contemplação, presente no mundo e no entanto peregrina.
E isso de modo que nela o humano se ordene ao divino e a ele se subordine, o visível
ao invisível, a acção à contemplação e o presente à cidade futura, que buscamos
(SC 2).
Cristo está sempre presente em Sua Igreja, sobretudo nas acções litúrgicas.
Presente está no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, “pois aquele
que agora oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que outrora se ofereceu
na Cruz”, quando sobretudo sob as espécies eucarísticas. Presente está pela Sua
força nos sacramentos, de tal forma que quando alguém baptiza é Cristo mesmo que
baptiza. Presente está pela sua Palavra, pois é Ele mesmo que fala quando se lêem
as Sagradas Escrituras na igreja…(SC 7).
Referencias:
BOROBIO,Dionisio. A Celebração na
Igreja vol1. Edições loyola, 1990
NEUNHEUSER, Burkhard. História da
liturgia através das épocas culturais, tradução de José Raimundo de Melo. Edições
Loyola. São Paulo, 2007.
Gabela, 21 de
Setembro de 2018
Kaquinda Dias
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