Magistério
Primário do Amboim
FPSD – III Trimestre
Comportamento moral - Síntese
Ao longo dos anos, muitas teorias psicológicas
foram propostas para explicar o comportamento humano. A visão da natureza humana
e os processos causais incorporadas nessas teorias têm despertado o interesse de
estudiosos em investigar o conhecimento adquirido através das concepções que guiam
o aprendizado social e as práticas morais
O conceito de moralidade é determinado pelas regras
e normas de conduta que são estabelecidas pela cultura na qual o indivíduo está
inserido e foram internalizados por ele. Pode ser definida como uma atitude que
ajuda as pessoas a decidir a diferença entre os graus de certo e errado. Assim,
a moralidade varia da pessoa dependendo de suas experiências e o seu convívio social,
da infância até a vida adulta, das ideias sobre o comportamento e o erro se desenvolve
junto com a pessoa.
O comportamento moral refere-se às relações entre
pessoas e grupos sociais e mostra-se em algumas linhas como uma prática de virtudes
com características inspiradas em filosofias humanistas que consideram os atos pró-sociais
resultantes do desenvolvimento maturacional do indivíduo como apresentam as teorias cognitivistas preconizadas por Jean Piaget.
O comportamento moral é hoje uma das pautas de
discussão na sociedade para pais, professores e outros que lidam com crianças diariamente.
A relação entre moralidade, cultura e viés[1] de
grupo influencia as tomadas de decisões das crianças a partir das aprendizagens
sociais. No desenvolvimento cognitivo e moral que inicia as características dos
vieses do grupo social, o efeito de grupo pode ser impulsionado pelos sentimentos
de positividade afetiva das crianças em relação aos membros do grupo interno.
Consequentemente, a tomada de decisão é o entendimento
comum do agente moral, decisões morais são o resultado de grande cálculo: princípios
são discernidos, julgamentos são formados, regras de aplicação são pesadas. As exigências
do dever, a força probatória dos resultados e das consequências e a concessões dos
argumentos concorrentes são todas bastante transparentes para o agente racional,
deliberativo, que se empenha em um extenso esforço cognitivo para resolver dilemas,
fazer escolhas e justificar ações.
Em síntese, a liberdade moral baseia-se na capacidade
racional de discernir opções, tomar decisões e decretar intenções a partir do domínio
da lógica e da noção de responsabilidade individual. Por isso, acredita-se que o
investimento dispendioso de recursos cognitivos em deliberações morais está subjacente
à noção de autonomia moral.
A análise do comportamento humano traz evidências
sobre a difícil tarefa em afirmar sobre o comportamento moral versus imoral. Em todo caso, a cultura define os parâmetros de moralidade a partir
de suas normas de conduta, variando de pessoa para pessoa, dependendo do convívio
social e das experiências internalizadas por cada uma.
Acto do homem e
acto humano
Quando respiramos, digerimos ou dormimos,
praticamos atos de maneira inconsciente ou involuntária. São atos do homem, porque lhes faltam as características humanas; são comuns a todos os seres vivos. Mas quando praticamos aqueles
atos de modo consciente e voluntário, fazemos atos humanos propriamente ditos.
Diferença entre
atos humanos e atos do homem
O ato, objeto da Ética, é o ato humano, ato específico do homem, ato que
distingue o homem dos outros seres. Os outros atos (atos do homem) são realizados
pelo homem, mas não enquanto homem, apenas enquanto ser biológico ou animal.
Actos do homem
Actos do homem – são actos comuns aos restantes animais, resultam da natureza
corpórea e animal do homem. - são uma resposta maquinal e corporal, meramente reactiva,
a estímulos do meio. - São actos que o homem não controla nem dirige. - São actos
independentes da vontade da pessoa.
O que distingue
os atos humanos da ação involuntária
Uma acção involuntária é inconsciente, esta não é controlada, realiza-se
sem intenção e escapa à vontade do homem – ao seu livre arbítrio. Acção Humana é
tudo aquilo que o homem faz de modo consciente, voluntário, deliberado e livre.
Acção Humana
e Acto do Homem
“Todos distinguimos intuitivamente coisas que fazemos daquelas que nos acontecem.
Nas coisas que fazemos há uma certa causalidade ou iniciativa que parte de nós.
Naquelas que nos acontecem limitamo-nos a ser receptores de efeitos que nós não
iniciamos. Entre as coisas que fazemos, fazemos umas voluntariamente, porque queremos
fazê-las, enquanto outras fazemo-las sem querer.”
Ao distinguir acto do homem e acção do homem levantam-se duas questões:”
será que toda actividade humana poderá ser considerada acção humana?”, “o que especifica
uma acção?”.Ao procurarmos respostas a estas questões podemos concluir, ou supor
que a acção humana é: voluntária, consciente, reflectida,
envolve decisão, tem um fim e é dirigida, responsável, finalizada, exige opção ou
escolha, deliberada controlada pelo agente, intencional, motivada, livre e reajustável.
Enquanto que caracterizamos o acto do homem
como sendo involuntário, inconsciente, espontâneo, rotineiro, automático, irreflectido,
reactivo, reflexo, mecânico, não controlado e como não senso fruto da vontade.
Ao distinguirmos acção e acontecimento,
concluímos que acção é intenção do agente, fruto da vontade, exige escolha e decisão
e o sujeito interfere nesta, enquanto que acontecimento não é fruto da vontade nem
da escolha consciente do sujeito, não há intenção, não é fruto da vontade e não
se medem os prós e contras.
Todas as nossas acções são voluntárias ou involuntárias. Uma acção voluntária
faz com que nos usufruamos do fruto da vontade, esta exige uma opção e por sua vez
uma consciência da acção. Uma acção involuntária
é inconsciente, esta não é controlada, realiza-se sem intenção e escapa à vontade
do homem – ao seu livre arbítrio.
Ação humana
Pois bem: “ação humana é comportamento propositado. Também podemos dizer:
ação é a vontade posta em funcionamento, transformada em força motriz; é procurar
alcançar fins e objetivos”.
Como agir com
responsabilidade?
Assuma as consequências dos seus atos. - O primeiro passo para ter responsabilidade
é ser capaz de assumir tudo o que você faz. Assuma seus pensamentos, seus sentimentos,
suas palavras e suas ações. Registe na sua mente de que você é o senhor da sua vida,
você é quem pode decidir o que quer, só você!
Como ser responsável?
Querer ser mais responsável é admirável.
Por mais que pareça difícil no início, isso pode acabar se tornando parte normal
do seu dia a dia! Para começar, cumpra as suas promessas e honre os seus compromissos.
Organize bem o seu tempo e as despesas, além de cuidar bem de si mesmo e dos outros
física e emocionalmente.
Como agir de
forma responsável?
Características
de uma pessoa responsável
Para realizar
uma descrição de uma pessoa responsável, primeiro é preciso entender que esta possui
um forte sentido da responsabilidade que implica algo mais: uma coisa é sentir responsabilidade,
e outra é assumir uma responsabilidade, fazer-se responsável pessoal, direta e completamente.
Atitudes de uma pessoa responsável:
1.
Não inventa desculpas desnecessárias. Ser responsável significa, antes de tudo, deixar de
dar desculpas para os outros e a si mesmo, para justificar faltas, esquecimentos
e tudo que, em sua maioria, é imputável simplesmente a uma irresponsabilidade.
2.
Evita os bodes expiatórios. Uma pessoa responsável sabe, precisamente, assumir
suas responsabilidades. Não desvia a culpa de seus erros e faltas pra outros, inclusive
quando deixa que outros escolham, assume a responsabilidade das consequências dos
gestos.
3.
É responsável por suas ações. Inclusive quando não escolhe com sua cabeça, é arquiteto
e responsável de suas ações.
4.
Pensa nas consequências diante de agir ou não. Ser egoísta não é algo de que se
envergonhar, mas escolher de forma irresponsável, sem um bom julgamento, sim.
5.
É coerente e tem palavra. Uma pessoa responsável sabe que as palavras que utiliza
têm um peso.
6.
Começa a trabalhar e não adia seus deveres. Ser responsável significa agir,
tomar decisões e levá-las adiante, sem esperar que as coisas talvez tomem seu próprio
caminho sem que você faça nada, limitando-se a seguir o curso dos acontecimentos.
7.
Não reclama tanto. Quando se pensa em como ser responsável, está se manifestando o desejo
de crescer e ser tratado como uma pessoa adulta.
8.
Respeita a si mesmo e aos demais. Uma pessoa que sabe assumir suas responsabilidades
demonstra antes de tudo respeito por si mesma e por suas capacidades.
9.
Aprende a controlar seus problemas. As pessoas responsáveis são as que aprendem a controlar
os problemas em primeira pessoa. Este tipo de indivíduos resolvem conflitos com
a tomada de decisão, um método para resolver problemas de forma autônoma
e responsável, siga este link se quer aprender sobre este procedimento.
10.
Organiza seus compromissos. Saber organizar os próprios compromissos é outro aspecto
importante para ser responsável.
[1] Um viés é uma forma tendenciosa de pensar, isto é, em peso
desproporcional contra ou a favor de um determinado grupo de pessoas, cultura ou
ação, que pode ser considerado, muitas vezes, injusto devido ao tratamento desigual.
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