Da Razão à
Emoção
1. Razão como fonte de inteligência
Pode-se perceber que ao longo da
humanidade o homem tenta explicar os fatos. Prefere supor que o Universo seja
infinito que reconhecer que não tem capacidade para delimitar seus limites. É,
por exemplo, dizer que os grãos de areia sejam infinitos sabendo que eles estão
limitados por um espaço físico. O homem tem explicação mesmo para o que não
sabe! Parece ser esperto por demais!
Depois que a humanidade passou a valorizar
a razão em detrimento da emoção, uma pessoa racional passou a ser sinônimo de
uma pessoa inteligente. O próximo passo seria criar um mecanismo para medir a
inteligência das pessoas.
No final do século XVIII, Franz Joseph
Gall observou um relacionamento entre determinadas características de seus
colegas de escola e os formatos de suas cabeças. Gall apegou-se à idéia quando
se tornou um médico e cientista e, alguns anos depois, colocou-a dentro de uma
disciplina chamada frenologia[1].
Para Gall, a idéia chave da frenologia é
simples. Os crânios humanos diferem uns dos outros e suas variações no tamanho
e na forma do cérebro. Diferentes áreas do cérebro, por sua vez, servem a
funções distintas; e assim, examinando as configurações cranianas do indivíduo,
um especialista seria capaz de identificar seus pontos fortes, as franquezas e
as idiossincrasias de seu perfil mental.
De acordo com Gardner, o primeiro teste –
de fato - sobre inteligência foi elaborado por Alfred Bianet, um psicólogo
francês, nos primeiros anos do século XX. Bianet e seu colega Théodore Simin
foram procurados pelo ministro da Educação da França para ajudar a prever quais
as crianças que correriam o risco de fracassar na escola. Alguns anos depois,
em 1912 o psicólogo alemão Wilhelm Stern propôs o nome e a medida do “Quociente
de Inteligência”[2],
ou a razão direta entre a idade mental e a idade cronológica do indivíduo,
expressa através de um número multiplicado por cem.
Goleman relata que foi a contar de 1918,
durante a Primeira Guerra Mundial que os testes de QI tiveram seus dias de
glória. Dois milhões de americanos foram classificados por meio do primeiro
formulário em massa do teste de QI, recém-criado por Lewis Terman, um psicólogo
de Stanford.
O tipo alto QI puro é quase a caricatura
de um intelectual, capaz do domínio da mente, mas inepto no mundo pessoal ...
com algumas diferenças entre os sexos:
O homem de alto QI puro é ambicioso e
produtivo, previsível e obstinado, e condescendente, fastidioso e inibido,
pouco à vontade com a sexualidade ..., inexpressivo e desligado, e
emocionalmente frio.
As mulheres de alto QI puro têm a esperada
confiança intelectual, são fluentes no expressar suas idéias, ... e tem uma
gama de interesses intelectuais e estéticos. Também tendem a ser
introspectivas, inclinadas a ansiedade, à ruminação e à culpa, e hesitam em
exprimir sua raiva abertamente (embora o façam de maneira indireta).
Para Goleman as mulheres são mais
empáticas. Freqüentemente, mas não invariavelmente.
2. A
decadência dos testes de QI
Dentro da comunidade científica, o
entusiasmo sobre a testagem de inteligência foi tão pronunciado e mais
prolongado do que o entusiasmo em relação a frenologia. A maioria dos
estudiosos de psicologia e quase todos os estudiosos fora da área estão agora convencidos
que o entusiasmo em relação aos testes de inteligência foi excessivo.
Conforme Gardner testes de inteligência
são elaborados principalmente para aferir a memória verbal, o raciocínio
verbal, o raciocínio numérico, a apreciação de seqüências lógicas e a
capacidade de resolver problemas do cotidiano.
Goleman relata que fomos longe demais na
enfatização do valor e importância do puramente racional – do que mede o QI –
na vida humana. Para Goleman o QI pouco oferece para explicar os diferentes
destinos de pessoas com mais ou menos iguais promessas, oportunidades e
escolaridades. Quando se acompanhou noventa e cinco universitários de Harvard,
na década de 40, os alunos com melhores notas não se mostraram bem-sucedidos,
em comparação aos colegas de menores notas, em termos de salário, produtividade
ou status; nem tinham maior satisfação na vida e tampouco eram mais felizes.
Para o autor a pesquisa foi parte de um primeiro questionamento à mística do QI
– uma noção falsa, embora amplamente aceita, que considera o intelecto como
único fator para o sucesso.
De acordo com Zohar e Marshal, seres
humanos são muito competentes nesse tipo de pensamento, superando nisso todos
os animais inferiores. Mas os computadores são ainda melhores!
Ainda segundo Zohar e Marshal as vantagens
do pensamento em série e da inteligência intelectual estão no fato de serem
exatos. Mas se a ciência newtoniana é linear e determinista, o processo de
pensamento em série fracassa se alguém muda a posição das balizas no jogo. A
situação é igual a de um computador solicitado a realizar uma tarefa não
prevista no programa. O modelo simplista de “pensamento” como algo linear,
lógico e neutro não está errado – apenas não conta toda a história.
Para Gardner há inúmeras limitações nos
testes de QI:
Nos instrumentos e no uso, as tarefas são
definitivamente inclinadas em favor de sociedades com educação escolar. Algumas
culturas sequer possuem um conceito chamado inteligência, e outras a definem em
termos de características que os ocidentais podem considerar esquisitas –
obediência, capacidade de ouvir ou moral, por exemplo.
As suposições culturais embutidas em
alguns itens são gritantes ... apesar dos psicometristas se esforçarem para
eliminar as perguntas visivelmente preconceituosas;
Não há nenhuma visão de processo, de como
se procede para resolver um problema; há simplesmente a questão de a pessoa
chegar a uma resposta correta;
A maioria dos testes de inteligência são
exercícios com papel e lápis que se baseia pesadamente em capacidades lingüísticas
e lógico-matemáticas. A abordagem psicométrica restringia-se (e ainda se
restringe) às faculdades acessíveis através de perguntas orais curtas ou de
instrumentos escritos. Segundo o autor, os psicometristas são na maioria
conservadores: eles são fieis a seus testes, mas deve haver mais inteligência
do que respostas curtas para perguntas curtas;
Os testes de inteligência nem sempre
testam o que alegam testar. A ênfase em métodos de papel e lápis, com
freqüência exclui o teste adequado para determinadas capacidades, especialmente
as que envolvem a manipulação ativa do meio ou interação com outros indivíduos;
Os testes de inteligência raramente
avaliam a capacidade de assimilar novas informações ou resolver novos problemas
... Dois indivíduos podem receber o mesmo escore nos testes de QI; e ainda
assim, um pode tornar-se capaz de realizar um tremendo progresso em pouco tempo
enquanto o outro pode estar exibindo o próprio ápise dos seus poderes
intelectuais.
Mais do que muitos outros críticos dos
testes de QI, Sternberg notou que formas de “inteligência prática” são muito
importantes para o sucesso em nossa sociedade, mas quase nunca são ensinadas ou
testadas. A partir daí, o autor procurou aferir as novas formas de
inteligência, e achou que a habilidade das pessoas para lidar com informações
novas ou para se adaptar a contextos diversos, pode ser diferenciada pelo seu
êxito de problemas do tipo teste de QI padrão.
Os resultados dos testes de QI são
correlacionados com o êxito que as pessoas alcançaram em suas carreiras, a
estimativa mais alta de quanto isso se deve ao QI é de cerca de 25%.
Entretanto, uma análise mais cuidadosa indica que a cifra fica em apenas 4%.
Isso significa que o QI, na melhor das hipóteses, deixa de explicar 75% do
êxito e, na pior, 96%. Em outras palavras, o índice não determina quem terá
sucesso ou fracasso.
Hoje, há muita briga na Justiça
questionando o uso do QI como base para eliminar um candidato no processo de
seleção ou na tomada de decisões importantes.
3. A
proposta da Inteligência Múltipla
A nova maneira de se pensar a inteligência
foi afetada, sobretudo pelas perspectivas de estudiosos que não são psicólogos.
Por exemplo, antropólogos, neurocientistas e alguns cientistas da informática
conservam uma visão genérica de inteligência. Percebi claramente que os
psicólogos não são mais donos do termo inteligência, e que o significado de ser
inteligente é hoje uma questão filosófica profunda, uma questão que exige base
em biologia, física e matemática.
De acordo com Gardner, os puristas – de
Charles Spearman até Herrnstein e Murray – defendem a noção de uma
“inteligência geral” - fator g - e única. Os pluralistas - de L.L. Thurstone e
J.P. Guilford – explicam a inteligência como tendo muitos elementos
dissociáveis.
Thurstone acredita na existência de um
pequeno grupo de faculdades mentais relativamente independente entre si, cada
qual responsável por uma determinada aptidão e medidas por tarefas diferentes.
A visão do cérebro e da mente humanos que agora é chamada de modularidade.
Para Gardner houve, evidentemente, muitos
esforços para nomear e detalhar as inteligências essenciais, variando da lista
do psicólogo Larry Gross dos cinco modos de comunicação – lexical,
social-gestual, icônico, lógico-matemático e musical – à lista do filósofo Paul
Hirst de sete formas de conhecimento – matemática, ciências físicas,
entendimento interpessoal, religião, literatura, artes, moral e filosofia. Para
o autor outros estudiosos menos citados postulam um número bastante maior de
fatores independentes – uma lista de trinta e sete é uma das mais longas.
O autor desafia a crença difundida – de
que a inteligência é uma faculdade única e que ou a pessoa é “inteligente ou
burra” - ao afirmar que certas faculdades eram relativamente independentes
entre si. Segundo Gardner o interesse do fator g vem principalmente daqueles
que sondam a inteligência acadêmica e que estudam a correlação entre os
resultados dos testes; enquanto que seu interesse está centrado naquelas
inteligências ou processos intelectuais que não incluem o fator g.
Gardner
propôs a existência de sete inteligências humanas distintas:
1. Lingüística: envolve a língua
falada e escrita, a habilidade de aprender línguas e a capacidade de usar a
língua para atingir certos objetivos. Os advogados, locutores, escritores e os
poetas estão entre as pessoas de inteligência lingüística elevada;
2. Lógico-matemática:
envolve a capacidade de analisar problemas, de realizar operações matemáticas e
investigar questões cientificamente. Os matemáticos e cientistas se destacam
neste tipo de inteligência;
3. Musical:
acarreta habilidade na apreciação e na composição de padrões musicais.
Compositores e cantores se sobressaem nesta;
4. Físico-cinestésica:
acarreta o potencial de usar o corpo. Obviamente dançarinos, atores e atletas
põem em primeiro plano este tipo de inteligência; mas também é importante para
artesões, cirurgiões, cientistas, mecânicos, entre outros;
5. Espacial:
tem o potencial de reconhecer e manipular os padrões do espaço. Usados por
navegadores e pilotos, bem como escultores, cirurgiões, artistas gráficos ou
arquitetos;
6. Interpessoal:
capacidade de entender as interações, motivações e os desejos do próximo e,
conseqüentemente, de trabalhar de modo eficiente com terceiros. Vendedores,
professores, clínicos, líderes religiosos, políticos e atores precisam ter uma
inteligência interpessoal aguda;
7. Intrapessoal: envolve
a capacidade de a pessoa se conhecer – incluindo aí os próprios desejos, medos
e capacidades.
Em seu livro “Inteligência: um conceito
reformulado” o autor ainda relata mais três “novas” possíveis inteligências:
1. Naturalista:
demonstra grande experiência no reconhecimento e na classificação de numerosas
espécies – fauna e flora – de seu meio ambiente. A palavra naturalista é
aplicada às pessoas de vasto conhecimento sobre o mundo vivo;
2. Espiritual: dom para a
religião, o misticismo ou o transcendental. Refletem nossos esforços para
entender as questões, os mistérios e os significados mais importantes da vida:
quem somos? De onde viemos? Qual é o sentido da vida ... da morte? Por exemplo,
podemos citar grandes líderes religiosos – como Buda, Cristo e Confúcio.
De acordo com Zohar e Marshall, o primeiro
a pesquisar sobre a inteligência espiritual foi o neuropsicólogo Michael
Persinger, em princípios da década de 1990 e, mais recentemente, em 1997, pelo
neurologista Vilayanu Ramachandran na Universidade da Califórnia. Em
escaneamentos realizados com topografia de emissão de pósitrons, certas áreas
se iluminavam todas as vezes que os pacientes da pesquisa participavam de
discussão de tópicos espirituais ou religiosos.
3. Existencial:
Gardner decidiu não acrescentar à lista uma inteligência existencialista e
considerá-la uma versão da inteligência espiritual.
O autor relata ainda que não faz nenhuma
objeção que se fale em oito ou nove talentos ou habilidades, mas não aceita
quando um analista chama algumas habilidades (como a linguagem) de inteligência
e outras (como música) de “simples” talento.
4. A
Inteligência emocional
De acordo com Goleman por muitas décadas
falou-se vagamente sobre estas habilidades, que eram chamadas de temperamento e
personalidade ou habilidades interpessoais (habilidades ligadas ao
relacionamento entre pessoas, como a empatia, liderança, otimismo, capacidade
de trabalho em equipe e de negociação entre outras), ou ainda competência.
Atualmente ganhou um novo nome: Inteligência emocional – IE.
Para Miranda a obra do psicólogo Daniel
Goleman, Inteligência Emocional, publicada pela primeira vez em outubro de 1995
nos Estados Unidos, abriu espaço para uma seqüência de trabalhos sobre este
novo conceito.
Goleman refere-se a inteligência emocional
como a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros,
de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos
relacionamentos.
Porém, para o autor, Inteligência
Emocional não significa:
- Simplesmente ser simpático. Aliás,
momentos estratégicos podem exigir confrontar alguém com uma verdade
desconfortável;
- Liberar sentimentos. Significa
administrar sentimentos de forma a expressá-los apropriadamente.
Thorndike relata que a inteligência social
é ao mesmo tempo diferente das aptidões acadêmicas e parte chave do que fazem
as pessoas se saírem bem nos aspectos práticos da vida.
De acordo
com Gardner, a inteligência pessoal pode ser dividida em interpessoal e
intrapessoal:
- interpessoal: é a capacidade de
compreender outras pessoas;
- intrapessoal: é uma aptidão
correlata, voltada para dentro. É a capacidade de formar um modelo preciso,
verídico, de si mesmo, e poder usá-lo para agir eficazmente na vida.
Segundo Salovey, a inteligência pessoal ou
emocional pode ser definida a partir de Gardner, expandindo essas aptidões em
cinco domínios principais: conhecer as próprias emoções (auto-percepção), lidar
com emoções (auto-regulamentação), motivar-se, reconhecer emoções nos outros
(empatia) e lidar com relacionamentos (habilidades sociais).
Para Cooper e Sawaf, inteligência
emocional é a capacidade de sentir, entender e aplicar eficazmente o poder e a
perspicácia das emoções como uma fonte de energia, informação conexão e
influencia humana.
De acordo com Gardner não existe nenhum
teste para aferir as inteligências múltiplas. Conforme o autor, a IM representa
uma crítica a abordagem psicométrica padrão. Assim uma bateria de testes não é
coerente com os princípios da teoria. Para Gardner a inteligência é importante
demais para ser deixada nas mãos daqueles que a testam.
Cooper e Sawaf relatam que o EQ Map é o
primeiro método de mensuração extensamente pesquisado, nacionalmente testado e
estatisticamente confiável que o capacita a começar a mapear suas
potencialidades e vulnerabilidade relativa através de um amplo espectro de
características relacionadas à inteligência emocional.
Para Goleman, nosso nível de Inteligência
Emocional – IE - não está fixado geneticamente nem se desenvolve apenas no
começo da infância. Ao contrário do QI, que pouco se modifica depois dos nossos
anos de adolescência.
Conforme Jacobs e Chen in Goleman,
pesquisas indicam que os melhores profissionais tinham um maior grau de
capacidades cognitivas em 27% dos casos e maior grau de competências emocionais
em 53% dos casos. Em outras palavras, as competências emocionais tinham o dobro
da importância no intelecto.
Spencer Jr. in Goleman demonstrou
resultado de sua pesquisa em 286 organizações, e concluiu que das 21
competências identificadas, apenas três não estavam fundamentadas na
inteligência emocional.
Segundo Goleman nos campos profissionais
técnicos, o limiar para o ingresso é, normalmente, um QI de 110 a 120. O
resultado é uma pequena variação entre os níveis de inteligência. Como o QE não
é tão usado, é muito grande a diferença entre as escalas de inteligência
emocional, oferecendo, assim, uma grade vantagem competitiva.
E você, se fosse gerente de RH de alguma
empresa quem contrataria? Um candidato extraordinário nas provas de
conhecimento, mas com dificuldades de relacionamento, ou outro, não tão bom
tecnicamente, mas com excelente relacionamento interpessoal? A resposta parece
fácil. E essa é uma tendência que os administradores não podem mais ignorar ...
e a grande vantagem, de acordo com Goleman, é que a inteligência emocional, em
grande parte, pode ser aprendida!
BIBLIOGRAFIA:
COOPER,
Robert & SAWAF, Ayman. Inteligência Emocional na empresa. Tradução
por Ricardo Inojosa e Sonia T. Mendes Costa. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Campus,
1997. 380 p. Tradução de: Emotional Intelligence apub bussines.
GARDNER,
Howard. Estrutura da Mente: A Teoria das Inteligências Múltiplas. Tradução
por Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994. 340 p. Tradução de:
Iframes of Mind: The Theory of Multiple Intelligence.
__________.
Inteligência: Um Conceito Reformulado. Tradução por Adalgisa Campos da
Silva. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. 348 p. Tradução de: Intelligence
Reframed.
GOLEMAN,
Daniel. Inteligência emocional. Tradução por Marcos Santarrita. 8. ed.
Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. 375 p. Tradução de: Emotional Intelligence.
__________.
Trabalhando com a Inteligência Emocional. Tradução por M. H. C. Côrtes.
Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. 414 p. Tradução de: Working with Emotional
Intelligence. HMLJ.Manual da Garantia da Qualidade. 2001. Rio
de Janeiro, 2002. 15 p.
MIRANDA,
Roberto Lira. Inteligência Total na Empresa. Rio de Janeiro: Campus,
1998. 226 p.
__________,
Roberto Lira. Além da Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Campus,
1997. 217p.
Kaquinda Dias
[1]
Frenologia (do Grego: φρήν, phrēn, "mente"; e λόγος, logos, "lógica ou estudo") é uma teoria que
reivindica ser capaz de determinar o caráter, características da personalidade,
e grau de criminalidade pela forma da cabeça (lendo "caroços ou protuberâncias").
Desenvolvido por médico alemão Franz Joseph Gall por volta
de 1800, e muito popular no século XIX, está agora desacreditada e classificada como
uma pseudociência. A Frenologia contudo recebeu crédito como uma protociência por contribuir
com a ciência médica com as ideias
de que o cérebro é o órgão da mente e áreas
específicas do cérebro estão relacionadas com determinadas funções do cérebro humano.
[2]
Quociente
de inteligência (abreviado para QI, de uso
geral) é uma medida obtida por meio de testes desenvolvidos para avaliar as capacidades
cognitivas (inteligência) de um sujeito, em comparação ao seu grupo etário.
A medida do QI é normalizada para que o seu valor médio seja de 100 e que tenha
um determinado desvio-padrão, como 15.
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