O AMBOIM
BOLETIM PAROQUIAL DA GABELA
Série IV – Ano II – N.º 4 – Janeiro
- Março 2022
Quaresma e sua Espiritualidade
A dupla índole do tempo Quaresmal, que, principalmente pela lembrança ou preparação
do baptismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra
de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração do mistério Pascal. Por
isso: a) utilizem-se com mais abundância os elementos baptismais próprios da liturgia
quaresmal; seguindo as circunstâncias, restaurem-se certos elementos da tradição
anterior; b) o mesmo diga-se dos elementos penitenciais (SC 109)
“Entesoura no céu aquele que dá a Cristo; dá a Cristo o
que distribui ao pobre” (Santo António de Pádua)
A penitência pública ao longo da Quaresma caiu em desuso, mas ficou no espírito
dos fiéis a necessidade de se prepararem ao longo de 40 dias de penitência para
a Solenidade da Páscoa. Por sua vez, o catecumenado que, durante séculos, teve na
Quaresma a fase de preparação imediata para os sacramentos da Iniciação Cristã na
noite Santa da Vigília Pascal, também caiu em desuso (excepto entre as populações
a quem o cristianismo era anunciado pela primeira vez), mas foi restaurado pelo
Concílio Vaticano II (1962-1965), dado o número crescente de adultos que pedem para
entrar no caminho catecumenal, em vista de receber o Baptismo, a Crisma e a Eucaristia.
Assim, a “eleição” dos catecúmenos para a fase da “iluminação” passou a fazer-se
no I Domingo da Quaresma, entrando os “eleitos” em clima de recolhimento e preparação
espiritual mais intensa, marcado nas últimas semanas pelos “escrutínios” com as
“tradições” (entregas) do Símbolo da Fé (Credo) e da Oração Dominical (Pai-Nosso),
que eles acabam por fazer seus, proclamando-os solenemente na liturgia dominical
durante a Quaresma.
Contudo, havendo ou não catecúmenos, os fiéis são convidados a viver a Quaresma
em espírito “catecumenal”, preparando-se para a renovação das promessas do Baptismo
na Vigília Pascal, em que todos nós iniciados na fé, iremos proclamar solenemente
nosso compromisso de vivermos com fidelidade nosso ser cristão. Durante os domingos
da Quaresma somos pela liturgia quaresmal, convidados a reconhecer nossos pecados
(Baptismo com suas renúncias, nosso Crisma vivendo como homens e mulheres
pentecostais e a testemunharmos ao mundo a salvação de Cristo que nos é dado com
o dom da Eucaristia) para experimentar a misericórdia de Deus.
No Tempo Quaresmal fazemos a experiência de reconhecer nossos pecados recorrendo
às tradicionais práticas do jejum, da esmola e da oração, entendendo-as num sentido
amplo de ascese cristã (luta contra as más inclinações, seduções mundanas e tentações,
e exercício das virtudes cristãs), de caridade fraterna (pela prática das obras
de misericórdia) e de intimidade com Deus (escutando a palavra de Deus e dando-se
às várias formas de oração). Eis as práticas quaresmais:
- Penitência
- a Quaresma é um tempo forte de penitência. A atitude espiritual expressa
por esta palavra, tantas vezes na boca dos profetas e de Jesus Cristo, é suscitada
pela consciência do pecado. Começa por ser arrependimento pelo mal praticado
e sincera dor do pecado; logicamente leva ao desejo de expiação e de reparação,
para repor a justiça lesada, e de reconciliação com Deus e com os irmãos ofendidos;
chega finalmente à emenda de vida e mais ainda à conversão cristã, que é muito
mais que uma conversão moral, para ser uma passagem à fé e à caridade sobrenaturais,
com tudo o que implica de mudança de mentalidade, sensibilidade e maneira de
amar.
- Jejum e
esmola - para assegurar expressão comunitária à prática penitencial, sobretudo
no tempo da Quaresma, a Igreja mantém o jejum e a abstinência tradicionais.
Embora estas duas práticas digam hoje pouco à sensibilidade dos fiéis, mantêm-se
em vigor, com variantes de país para país.
KD
Sínodo da sinodalidade
A
Igreja peregrina de Deus em Cristo, é sempre convocada em sínodo. Caminho, de encontro
e de escuta dos desígnios de Deus, no Espírito Santo para a sua Igreja. Logo no
primeiro milénio, caminhar juntos, ou seja, a sinodalidade, era o meio ou maneira
fiável e habitual de proceder da Igreja, Povo convocado unido na unidade do Pai,
do Filho, e do Espírito Santo. Os padres da Igreja, tudo fizeram para manter a unidade
eclesial de todas as Igrejas espalhadas pelo mundo, foi assim que Santo Agostinho
escreveu conconrdissima fidei conspiratio,
ou seja, acordo na fé entre os baptizados. É aqui que se justifica a prática sinodal
a todos os níveis da vida da Igreja: local, provincial, ou regional, e universal,
que encontrou a sua mais excelsa manifestação no concílio ecuménico do Vaticano
II (1962-1965), convocado no dia 25 de Dezembro através da Bula papal Humanae Salutis, de Papa João XXIII. Foi
neste horizonte eclesial, inspirado no princípio da participação de todos na vida
da Igreja que São João Crisóstomo afirma: Igreja e sínodo são sinónimos.
Essa
atitude essa maneira de pensar sempre sustentou a Igreja desde o primeiro milénio,
Idade média onde a Igreja evidenciou em maior medida a função hierárquica, como
na idade moderna é bem patente a celebração dos sínodos diocesanos e regionais,
assim como os concílios ecuménicos, sobretudo quando se trata de definir verdades
da fé (dogmáticas), os Papas consultam sempre os Bispos para conhecer a vivência
da fé de toda a Igreja recorrendo à autoridade do Sensus Fidei de todo o Povo de Deus.
O
II Concílio do Vaticano, põe em evidência: aprove
a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação
entre eles, mas constitui-os num povo que O conhecesse na verdade e O servir santamente
(Lumen Gentium 32). O caminho sinodal
actual (2021-2023) intitulado: “para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, diferentemente dos outros sínodos
anteriores, começa nas Igrejas locais para a Igreja de Roma. Nas Igrejas locais
o Papa Francisco recomenda a participação e envolvimento de todos os fiéis da Igreja,
cada um possa expressar-se segundo inspiração do Espírito Santo, deu abertura nos
dias 09 e 10 de Outubro 2021, em Roma, aos 17 do mês de Outubro do mesmo ano, deu-se
início com a abertura sinodal em todas as Igrejas particulares. Uma etapa fundamental
será a celebração da XVI, Assembleia Geral Ordinária do sínodo dos Bispos em Outubro
de 2023 em Roma.
O
Papa Francisco convida toda a Igreja a interrogar-se sobre um tema decisivo da sua
vida, natureza e da sua missão. Pois o caminho da sinodalidade é precisamente o
caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio. Nossa Igreja. Que no fundo
é actualização e vivencia do itinerário do II Concílio do Vaticano. Este sínodo
é um dom uma graça, mas também uma grande responsabilidade, pois, caminhar lado
a lado reflectindo em conjunto sobre o caminho percorrido, e descobrir os pontos
que nos vão ajudar a vivermos a comunhão, e a participação de todos e a abertura
à missão, não é fácil. Mas é o caminho para a Igreja viver a sua natureza missionária.
Comunhão: “Estamos espalhados por toda a diocese,
mas Deus une-nos como um só. O objectivo não
é sermos todos iguais, mas caminhar juntos, partilhando um caminho comum e abraçando
a nossa diversidade. Pois, a comunhão que Deus constrói no meio de nós é mais
forte do que qualquer divisão; No meio das nossas muitas diferenças, estamos unidos
no nosso baptismo comum, como membros do Corpo de Cristo.
Participação:
os fiéis leigos devem ter um papel vital na liturgia (Redemptionis Sacramentum, 36). Deveria também fazer-se
um esforço para incluir aqueles que por vezes são excluídos, incluindo membros de
outras confissões cristãs e de outras religiões, as pessoas em situação de pobreza
e marginalização, as pessoas que vivem com uma deficiência, os jovens, as mulheres.
Missão: pode pôr-se em relevo os muitos dons e
carismas do povo de Deus na diocese: Cada cristão tem um papel vital a desempenhar
na missão da Igreja; Todos os baptizados são pedras vivas na edificação do Corpo
de Cristo; Ninguém é excluído da alegria do Evangelho; “Os leigos têm uma missão
especial no testemunho do Evangelho em todos os âmbitos da sociedade humana; Como
discípulos de Jesus, somos fermento no meio da humanidade para que o Reino de até
aos confins do mundo. Portanto, é um mandato recebido em comum: Ide por todo o mundo
anunciai a Boa Notícia a toda a criatura ( Mc 16, 15).
Sugestões práticas para a Celebração
do Sínodo nas Comunidades e Zonas da nossa Paróquia.
Para
realçar a importância do Espírito Santo, o papel central do Pentecostes na vida
da Igreja e o aspecto pneumatológico do processo sinodal, sugere-se que a liturgia,
as celebrações se inspirem na Vigília de Pentecostes. Pode celebrar-se a Missa votiva
do Espírito Santo, nas orações pode invocar-se o Espírito Santo mediante o cântico
Veni Creator Spiritus. (Vinde Espírito Santo)
Podem
observar-se momentos de oração comunitária ou de silêncio comum como formas úteis
de se estar juntos atentos à voz do Espírito Santo.
Pode
utilizar-se uma imagem ou um ícone da Tradição para acompanhar o caminho bienal
do Processo Sinodal (por exemplo, a descida do Espírito Santo no Pentecostes, Jesus
acompanhando os discípulos no caminho de Emaús).
Pode
usar-se imagens e acções simbólicas para mostrar a unidade na diversidade do Corpo
Místico de Cristo. O ponto principal do Sínodo é o caminhar juntos, envolvendo todos
os fiéis e todos os ministérios da Igreja.
Quando for Missas e Orações.
Formulário I. Pela Santa Igreja
Formulário Pela Igreja local
Formulário
V. Para um concílio ou um sínodo
Oração Universal
Introdução
do Sacerdote
Irmãos e irmãs:
Aguardando
ansiosamente a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, supliquemos com renovado fervor
a sua misericórdia para que Ele, que veio ao mundo para trazer a Boa Nova aos pobres
e curar os corações atribulados, também no nosso tempo traga a salvação a todos
os necessitados.
1.
Pela Santa Igreja de Deus, para que seja luz das nações e sacramento universal de
salvação, caminhando com todos os povos para o Reino de Deus, oremos.
2.
Pelo Papa Francisco, pelo nosso (Administrador Apostólico) N, nosso Bispo e por
todo o santo Povo de Deus da nossa Diocese de Sumbe para que a celebração deste
Sínodo nos ajude a discernir a vontade de Deus e a realizá-la corajosamente, oremos.
3.
Por todas as autoridades civis e públicas, para que procurem sempre o bem comum,
agindo com justiça e honestidade, oremos.
4.
Pelos doentes, as pessoas e os que vivem sós, os oprimidos e todos os que sofrem,
para que nunca sejam abandonados, mas antes protegidos e cuidados como rostos de
Cristo num mundo sofredor, oremos.
5.
Por nós próprios, aqui reunidos, para que este Processo Sinodal nos conduza a uma
comunhão cada vez mais profunda na Igreja, favoreça a nossa participação nela e
nos torne capazes de partir em missão, oremos.
Sacerdote/orientador
Senhor
nosso Deus, nosso refúgio e fortaleza, fonte da verdadeira devoção atendei a oração
da vossa Igreja, e dai-nos a graça de receber o que vos pedimos com fé. Por Cristo,
nosso Senhor..
Diác. Luciano Simão
1 – Colômbia.
Cinco milhões de atingidos pelo vírus mais letal e longevo que existe: a fome -
"A
Colômbia tem uma situação de pobreza muito complexa, há um grande número de pessoas,
milhões, que comem uma vez por dia, muitas delas perderam seus empregos, outras
estão em condições de extrema vulnerabilidade". A Pastoral Social e o Banco
de alimentos estão acudindo.
2 - Afeganistão - O sistema de saúde no Afeganistão, que depende da ajuda
humanitária, está à beira do colapso e muitas crianças gravemente subnutridas não
têm acesso aos cuidados especializados que necessitam para sobreviver. A denúncia
vem da organização Save the Children, que aponta que até mesmo o tratamento de alguns
casos críticos foi interrompido por causa da crise. Aumenta cada vez mais o número
de crianças no Afeganistão que não têm o suficiente para comer. Segundo o Save the
Children teve um aumento de 3, 3 milhões de crianças que passam fome
3 - O doloroso
Natal de silêncio em Mianmar - Enquanto o país asiático é abalado por assassinatos,
violência e constantes actos de guerrilha, os bispos pedem que sejam evitadas as
manifestações sociais e festas de rua. Presentes e jantares também deveriam ser
evitados. Os religiosos de Mianmar sugerem que sejam feitos gestos concretos de
caridade durante o período do Natal.
4
- Haiti: os missionários sequestrados escaparam
e não libertados - 12 missionários sequestrados pelo grupo haitiano "400 Mawozo" foram
salvos. Foi
durante uma fuga ousada,
à noite, após dois meses de cativeiro nas mãos de um grupo violento que os tinha
sequestrado durante um ataque armado ao orfanato onde trabalhavam.
5
- Chile. Bispos ao novo presidente Boric: "o
país lhe confia uma grande missão" - Os bispos saúdam o novo presidente
Boric, eleito
a 19 de Dezembro. "A
Igreja chilena quer continuar contribuindo, a partir de sua missão particular, para
a construção de uma humanidade mais justa e fraterna, onde sobretudo os pobres e
os que sofrem sejam respeitados em sua dignidade. Conte com nosso apoio e nossas
orações e com a contribuição de nossa ação
pastoral” – afirmam
os Bispos.
6
- Tufão Rai mata mais de 370 nas Filipinas - Passa de 370
o número de mortos após a passagem do tufão Rai nas Filipinas. O secretário da Defesa
Nacional Delfin Lorenzana - também responsável pela agência de desastres naturais
- informou que as mortes são sobretudo devido à queda de árvores, desabamentos e
inundações. Além disso, mais de 480 mil pessoas foram deslocadas e tiveram que deixar
suas casas depois que o tufão devastou parte do arquipélago.
7 – Vaticano: O primeiro-ministro israelense nos
Emirados Árabes Unidos - Pela primeira vez, um primeiro-ministro do Estado
judaico visitou o país do Golfo. Naftali Bennet. Chegou a Abu Dhabi no dia 13 de
Dezembro para se encontrar com o príncipe Mohammed bin Zayed al Nahyan. Já se passou
mais de um ano desde a assinatura dos chamados "Acordos de Abraão" para
a normalização das relações do Estado judeu com os Emirados Árabes e Bahrein. No
dia da sua visita a Abu Dhabi, o primeiro-ministro israelita Bennett disse que estes
acordos, alcançados com o patrocínio dos Estados Unidos, estabeleceram uma "nova,
profunda e sólida estrutura para as relações na região".
8
– Vaticano: Norte dos Camarões abalado pela
violência intercomunitária - Dezenas de milhares de pessoas
fugiram para Chade, depois que eclodiram confrontos entre fazendeiros e agricultores
por causa dos recursos hídricos. As mudanças climáticas quase acabaram com a água
da região. Pelo menos 22 mortos, 30 feridos
e 30 mil deslocados, é o saldo da violência comunitária que está abalando o norte
dos Camarões desde
Dezembro de
2021.
9
- ONU: encontro entre o Comité da Fraternidade
Humana e o secretário Guterres - Uma delegação do Comitê Superior
da Fraternidade Humana (Higher Committee of Human Fraternity) encontrou-se, no dia 7
de Dezembro, com
o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na sede da ONU em Nova Iorque,
para discutir novas formas e estratégias para melhorar a cooperação na promoção
da fraternidade humana. No início do encontro, o presidente do Pontifício Conselho
para o Diálogo Inter-religioso, cardeal Miguel Ayuso Guixot, presidente do Comité,
lembrou a missão especial do Comité Superior, destinada a promover o bem de toda
a humanidade,
especialmente dos jovens.
10
- Desenvolvimento Humano, o Papa confia a Czerny,
“ad interim”, gestão do dicastério - O Papa muda a estrutura
do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, instituído em Agosto
de 2016, e operando desde Janeiro de 2017, como "resultado da fusão de quatro
Pontifícios Conselhos pré-existentes". Após "os resultados da visita de
avaliação" realizada no segundo semestre de 2020, "os superiores do Dicastério
para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral colocaram seu mandato nas mãos
do Sumo Pontífice", que "agradece sinceramente" ao cardeal Peter
K. Appiah Turkson e seus colaboradores pelo serviço realizado. O comunicado conclui-se
ressaltando que "enquanto se aguarda a nomeação da nova direcção", o Papa
confia "ad interim a gestão ordinária do mesmo Dicastério a partir de 1 de
Janeiro de 2022 ao cardeal Michael Czerny SJ como Prefeito e Irmã Alessandra Smerilli
FMA como Secretária".
11
- Novas disposições anti-Covid para a entrada
no Vaticano e nos escritórios da Cúria Romana - A partir desta
quinta-feira (23
de Dezembro), só é permitida
a entrada nos escritórios da Cúria àqueles que possuam um certificado que ateste
a vacinação ou recuperação da SRA-Cov-2. Um novo decreto geral, assinado pelo cardeal
secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, estabelece novas regras "tendo
em conta a continuação e o agravamento da actual emergência sanitária e a necessidade
de adoptar medidas adequadas para combater
e assegurar o desenvolvimento de modo seguro das actividades".
12
- Médicos Sem Fronteiras: 50 anos de assistência
sanitária nos lugares mais difíceis - Milhares de pessoas em todo o mundo
que são afectadas por conflitos, epidemias
e desastres naturais, recebem tratamento e cuidados de saúde da organização privada
sem fins lucrativos Médicos Sem Fronteira (MSF). A associação que está presente em
88 países e completou 50 anos a 23 de Dezembro de 2021, oferece assistência médica
a populações em perigo e a vítimas de desastres naturais ou guerras, independentemente
de etnia, religião ou crença política. Apenas em 2020, a Médicos Sem Fronteiras envolveu
65 mil agentes, realizou cerca de 10 milhões de consultas ambulatoriais, atendeu
mais de 112 mil consultas da Covid-19 e hospitalizou cerca de 877 mil pacientes. A organização não-governamental
(ONG) foi
criada na França em 22 de Dezembro de 1971 por iniciativa de um grupo de médicos e jornalistas, com o
objectivo de prestar assistência médica de emergência de forma rápida, eficaz e
imparcial.
13 - Sudão. Má nutrição afecta
milhares de crianças enquanto piora a situação no País - Estima-se
que no Sudão, em 2022 cerca de 14,3 milhões de pessoas vão precisar de assistência
humanitária, o número mais alto em dez anos – é o alarme lançado pela Save the Children,
a Organização que há mais de 100 anos luta para salvar meninas e meninos em situação
de risco e garantir-lhes um futuro.
KD
NOTÍCIAS DA NOSSA PARÓQUIA
1 – Nos
meses de Novembro e Dezembro de 2021 tivemos Vários eventos que mobilizaram
toda a comunidade paroquial:
- No dia 28
de Novembro vivemos a alegria da Missa Nova do Pe. Agnaldo, Ordenado a 30 de
Outubro de 2021.
- 4 de
Dezembro aconteceu a avaliação anual da pastoral baseada na programação pastoral
de 2021.
- 11 de
Dezembro houve retiro espiritual para catequistas em todas as Zonas da paróquia.
- 18 de
Dezembro – Retiro para as famílias das 4 zonas da cidade e Baptismo das
crianças na Igreja Matriz.
- No dia 23
de Dezembro (na Rainha) e 24 de Dezembro (S. Francisco) Celebração de Natal
para as crianças.
- Em 2020 Os Missionários da Boa Nova
Celebraram 50 anos de presença em Angola. A comemoração será durante este ano
de 2022. Rezemos pelos Missionários.
KD
AO RITMO DA LITURGIA
9
de Janeiro – Baptismo de Jesus - No baptismo de Jesus nas margens
do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai,
com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projecto do Pai, Jesus
fez-se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo
e do pecado, empenhou-se em promover-nos para que pudéssemos chegar à vida plena.
A primeira leitura (Is 42,1-4.6-7) anuncia um misterioso
“Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça
e de paz sem fim... Animado pelo Espírito de Deus, ele concretizará essa missão
com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência,
pois esses esquemas não são os de Deus. No
Evangelho (Lc 3,15-16.21-22),
aparece-nos a concretização da promessa profética veiculada pela primeira leitura:
Jesus é o Filho/“Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja
missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, ele tornou-se pessoa,
identificou-se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de
os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude. A segunda leitura (Actos 10,34-38) reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou
ao mundo para concretizar um projecto de salvação; por isso, ele “passou pelo mundo
fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que
os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os
povos da terra.
16 de Janeiro – II Domingo Comum – O
casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus
(o marido) estabeleceu com o seu Povo (a esposa). A questão fundamental é, portanto,
a revelação do amor de Deus. A primeira leitura (Is 62, 1-5) define o amor
de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e
transforma a esposa, sejam quais forem as suas falhas passadas. Nesse amor nunca
desmentido, reside a alegria de Deus. O Evangelho (Jo 2,1-11) apresenta,
no contexto de um casamento (cenário da “aliança”), um “sinal” que aponta para o
essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama, e que
com o seu amor os convoca para a alegria e a felicidade plenas. A segunda leitura
(1 Cor 12,4-11) fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se
o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos; não
podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm de ser postos ao serviço de todos
com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade
de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
23 de Janeiro – III Domingo Comum
A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa
reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do qual se
constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstracta, para deleite
dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige
a todos os homens e que incarna em Jesus e nos cristãos. Na primeira leitura
(Ne 8,2-4a.5-6.8-10), exemplifica-se como a Palavra que deve estar no centro
da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.
No Evangelho (Lc 1,1-4; 4,14-21), apresenta-se Cristo como a Palavra que
se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas
da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de
Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora. A segunda
leitura (1 Cor 12,12-30) apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra
libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos
e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.
30 de Janeiro – IV Domingo Comum - O
tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”:
caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança,
porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que
a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te
salvar”. A primeira leitura (Jer 1,4-5.17-19) apresenta a figura do profeta
Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar
com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e
de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus. O Evangelho
(Lc 4,21-30) apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré
(eles esperavam um Messias espectacular e não entenderam a proposta profética de
Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova
a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus. A segunda
leitura (1Cor 12,31-13,13) parece um tanto desenquadrada desta temática: fala
do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida
cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de
se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão
fará sentido.
6 de Fevereiro – V Domingo Comum - A
liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados
por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo. Na primeira leitura (Is 6,1-2a.3-6),
encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma
simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos
de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado. No Evangelho (Lc 5,1-11),
Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram
as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram
o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus…
Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer. A
segunda leitura (1Cor 15,1-11) propõe-nos reflectir sobre a ressurreição:
trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar
sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua
a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a
dar testemunho da ressurreição de Cristo.
13 de Fevereiro – VI Domingo Comum - A
Palavra de Deus que nos é proposta neste domingo leva-nos a reflectir sobre o protagonismo
que Deus e as suas propostas têm na nossa existência. A primeira leitura (Jer
17,5-8) põe frente a frente a auto-suficiência daqueles que prescindem de Deus
e escolhem viver à margem das suas propostas, com a atitude dos que escolhem confiar
em Deus e entregar-se nas suas mãos. O profeta Jeremias avisa que prescindir de
Deus é percorrer um caminho de morte e renunciar à felicidade e à vida plenas. O
Evangelho (Lc 6,17.20-26) proclama “felizes” esses que constroem a sua vida
à luz dos valores propostos por Deus e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho
e a autosuficiência. Sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade,
na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam
desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos
que presidem aos destinos do mundo. A segunda leitura (1Cor 15,12.16-20),
falando da nossa ressurreição – consequência da ressurreição de Cristo –, sugere
que a nossa vida não pode ser lida exclusivamente à luz dos critérios deste mundo:
ela atinge o seu sentido pleno e total quando, pela ressurreição, desabrocharmos
para o Homem Novo. Ora, isso só acontecerá se não nos conformarmos com a lógica
deste mundo, mas apontarmos a nossa existência para Deus e para a vida plena que
Ele tem para nós.
20 de Fevereiro – VII Domingo Comum - A
liturgia deste domingo exige-nos o amor total, o amor sem limites, mesmo para com
os nossos inimigos. Convida-nos a pôr de lado a lógica da violência e a substituí-la
pela lógica do amor. A primeira leitura (1Sam26,2.7-9.12-13.22-23) apresenta-nos
o exemplo concreto de um homem de coração magnânimo (David) que, tendo a possibilidade
de eliminar o seu inimigo, escolhe o perdão. O Evangelho (Lc 6,27-38) reforça
esta proposta. Exige dos seguidores de Jesus um coração sempre disponível para perdoar,
para acolher, para dar a mão, independentemente de quem esteja do outro lado. Não
se trata de amar apenas os membros do próprio grupo social, da própria raça, do
próprio povo, da própria classe, partido, igreja ou clube de futebol; trata-se de
um amor sem discriminações, que nos leve a ver em cada homem – mesmo no inimigo
– um nosso irmão. A segunda leitura (1Cor 15,45-49) continua a catequese
iniciada há uns domingos atrás sobre a ressurreição. Podemos ligá-la com o tema
central da Palavra de Deus deste Domingo – o amor aos inimigos – dizendo que é na
lógica do amor que preparamos essa vida plena que Deus nos reserva; e que o amor
vivido com radicalidade e sem limitações é um anúncio desse mundo novo que nos espera
para além desta terra.
27 de Fevereiro – VIII Domingo Comum - O tema central da liturgia
deste domingo convida-nos a reflectir sobre esta questão: aquilo que nos enche o
coração e que nós testemunhamos é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses
e os nossos critérios egoístas? O Evangelho
(Lc 6,39-45) dá-nos os critérios para
discernir o verdadeiro do falso “mestre”: o verdadeiro “mestre” é aquele que apenas
apresenta a proposta de Jesus gerando, com o seu testemunho, comunhão, união, fraternidade,
amor; o falso “mestre”, ao contrário, é aquele que manifesta intolerância, hipocrisia,
autoritarismo e cujo testemunho gera divisões e confusões: o seu anúncio não tem
nada a ver com o de Jesus.
A primeira leitura (Sir 27,5-8), na mesma
linha, dá um conselho muito prático, mas muito útil: não julguemos as pessoas pela
primeira impressão ou por atitudes mais ou menos teatrais: deixemo-las falar, pois
as palavras revelam a verdade ou a mentira que há em cada coração. A segunda leitura (1Cor 15,54-58) não tem,
aparentemente, muito a ver com esta temática: é a conclusão da catequese de Paulo
aos coríntios sobre a ressurreição. No entanto, podemos dizer que viver e testemunhar
com verdade, sinceridade e coerência a proposta de Jesus é o caminho necessário
para essa vida plena que Deus nos reserva. Do nosso anúncio sincero de Jesus, nasce
essa comunidade de Homens Novos que é anúncio do tempo escatológico e da vida que
nos espera.
6 de Março – I Domingo da Quaresma - No
início da Quaresma, a Palavra de Deus apela a repensar as nossas opções de vida
e a tomar consciência dessas “tentações” que nos impedem de renascer para a vida
nova, para a vida de Deus. A primeira leitura (Deut 27,4-10) convida-nos
a eliminar os falsos deuses em quem às vezes apostamos tudo e a fazer de Deus a
nossa referência fundamental. Alerta-nos, na mesma lógica, contra a tentação do
orgulho e da auto-suficiência, que nos levam a caminhos de egoísmo e de desumanidade,
de desgraça e de morte. O Evangelho (Lc 4,1-13) apresenta-nos uma catequese
sobre as opções de Jesus. Lucas sugere que Jesus recusou radicalmente um caminho
de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo
egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não
passava por manifestações espectaculares que impressionam as massas, mas por uma
proposta de vida plena, apresentada com simplicidade e amor. É claro que é esse
caminho que é sugerido aos que seguem Jesus. A segunda leitura (Rom 10,8-13)
convida-nos a prescindir de uma atitude arrogante e auto-suficiente em relação
à salvação que Deus nos oferece: a salvação não é uma conquista nossa, mas um dom
gratuito de Deus. É preciso, pois, “converter-se” a Jesus, isto é, reconhecê-l’O
como o “Senhor” e acolher no coração a salvação que, em Jesus, Deus nos propõe.
13 de Março – II Domingo da Quaresma - As
leituras deste domingo convidam-nos a reflectir sobre a nossa “transfiguração”,
a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas
pistas. A primeira leitura (Gen 15,5-12.17-18) apresenta-nos Abraão, o modelo
do crente. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a uma atitude de
confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus
que não falha e é sempre fiel às promessas. A segunda leitura (Filip 3,17-4,1)
convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de auto-suficiência e de
triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; a nossa transfiguração
resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo
da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida. O Evangelho (Lc 9,28b-36) apresenta-nos
Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação.
O projecto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder
e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte. É
esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos.
20 de Março – III Domingo da Quaresma - Nesta
terceira etapa da caminhada para a Páscoa somos chamados, mais uma vez, a repensar
a nossa existência. O tema fundamental da liturgia de hoje é a “conversão”. Com
este tema enlaça-se o da “libertação”: o Deus libertador propõe-nos a transformação
em homens novos, livres da escravidão do egoísmo e do pecado, para que em nós se
manifeste a vida em plenitude, a vida de Deus. O Evangelho (Lc 13,1-9) contém
um convite a uma transformação radical da existência, a uma mudança de mentalidade,
a um re-centrar a vida de forma que Deus e os seus valores passem a ser a nossa
prioridade fundamental. Se isso não acontecer, diz Jesus, a nossa vida será cada
vez mais controlada pelo egoísmo que leva à morte. A segunda leitura (1Cor 10,1-6.10-12)
avisa-nos que o cumprimento de ritos externos e vazios não é importante; o que
é importante é a adesão verdadeira a Deus, a vontade de aceitar a sua proposta de
salvação e de viver com Ele numa comunhão íntima. A primeira leitura (Ex 3,1-8a.13-15)
fala-nos do Deus que não suporta as injustiças e as arbitrariedades e que está
sempre presente naqueles que lutam pela libertação. É esse Deus libertador que exige
de nós uma luta permanente contra tudo aquilo que nos escraviza e que impede a manifestação
da vida plena.
27 de Março – IV Domingo da Quaresma - A
liturgia de hoje convida-nos à descoberta do Deus do amor, empenhado em conduzir-nos
a uma vida de comunhão com Ele. O Evangelho (Lc 15,1-3.11-32) apresenta-nos
o Deus/Pai que ama de forma gratuita, com um amor fiel e eterno, apesar das escolhas
erradas e da irresponsabilidade do filho rebelde. E esse amor lá está, sempre à
espera, sem condições, para acolher e abraçar o filho que decide voltar. É um amor
entendido na linha da misericórdia e não na linha da justiça dos homens. A segunda
leitura (2Cor 5,17-21) convida-nos a acolher a oferta de amor que Deus nos faz
através de Jesus. Só reconciliados com Deus e com os irmãos podemos ser criaturas
novas, em quem se manifesta o homem Novo. A primeira leitura (Jos 5,9a.10-12),
a propósito da circuncisão dos israelitas, convida-nos à conversão, princípio de
vida nova na terra da felicidade, da liberdade e da paz. Essa vida nova do homem
renovado é um dom do Deus que nos ama e que nos convoca para a felicidade.
3 de Abril - V Domingo da Quaresma - A
liturgia de hoje fala-nos (outra vez) de um Deus que ama e cujo amor nos desafia
a ultrapassar as nossas escravidões para chegar à vida nova, à ressurreição. A primeira
leitura (Is43,16-21) apresenta-nos o Deus libertador, que acompanha com solicitude
e amor a caminhada do seu Povo para a liberdade. Esse “caminho” é o paradigma dessa
outra libertação que Deus nos convida a fazer neste tempo de Quaresma e que nos
levará à Terra Prometida onde corre a vida nova. A segunda leitura (Filip 3,8-14)
é um desafio a libertar-nos do “lixo” que impede a descoberta do fundamental:
a comunhão com Cristo, a identificação com Cristo, princípio da nossa ressurreição.
O Evangelho (Jo 8,1-11) diz-nos que, na perspectiva de Deus, não são o castigo
e a intolerância que resolvem o problema do mal e do pecado; só o amor e a misericórdia
geram activamente vida e fazem nascer o homem novo. É esta lógica – a lógica de
Deus – que somos convidados a assumir na nossa relação com os irmãos.
KD
Caminhar Juntos
O
Papa Francisco
impulsiona o Sínodo, o “caminhar juntos” numa Igreja que coloca mulheres e homens
do nosso tempo, incluindo pastores e o próprio Sucessor de Pedro, a ‘ouvir’ o Espírito
Santo.
De
fato, o Sínodo que está acontecendo de Outubro de 2021 até 2023 tem como título:
Por uma Igreja Sinodal: Comunhão,
participação e missão.
A
sinodalidade
representa o caminho pelo qual a Igreja pode ser renovada pela ação do Espírito
Santo, ouvindo juntos o que Deus tem a dizer ao seu povo. No entanto, este caminho
percorrido juntos não só nos une mais profundamente como Povo de Deus, mas também
nos envia a cumprir nossa missão de testemunho profético que abrange toda a
família humana, junto com nossas denominações cristãs e
outras tradições de fé.
KD
O
AMBOIM - Boletim Paroquial da
Gabela. Série IV– Ano II – Nº 4 – Janeiro-Março
de 2022; . Propriedade e Edição da Paróquia
da Gabela – Tel. (00 244) 236220235
C.P. 95 – ANGOLA; Director: Pároco; Redacção:
Equipa Missionária – Com aprovação eclesiástica.
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