O AMBOIM
BOLETIM PAROQUIAL DA GABELA
Série IV – Ano I – N.º 3 – Outubro
- Dezembro de 2021
Dia Mundial das Missões
O Dia Mundial das Missões comemora-se no penúltimo domingo
de Outubro, no mês das missões.
Com este dia de oração e de evangelização dos povos deseja-se
incentivar a cooperação missionária pelo mundo e agradecer o contributo dos missionários
na construção de um mundo melhor.
O Dia Mundial das Missões, data criada em 1926 pelo Papa
Pio XI, é celebrado anualmente em todos os países onde há católicos comprometidos
com a construção de um mundo mais justo, digno e gratificante, onde todos têm aquilo
que precisam para viver.
É o dia do ano em que se
reflecte sobre a urgência e o dever de ajudar o próximo. A cooperação missionária
pode ser realizada pela oração, sacrifício e testemunho de vida, por meio da ajuda
material aos projectos missionários, ou colocando-se à disposição para servir em
missões.
O tema - “O tema escolhido pelo Papa Francisco
para este ano é extraído dos Actos dos Apóstolos: "Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos" (Act 4,20).
O Santo Padre escreve: "Como os Apóstolos e os primeiros cristãos, também nós
exclamamos com todas as nossas forças: 'Não podemos deixar de afirmar o que vimos
e ouvimos' (Actos 4, 20). Tudo o que recebemos, tudo aquilo que o Senhor nos tem
concedido, ofereceu-nos para o pormos a render doando-o gratuitamente aos outros.
Como os Apóstolos viram, ouviram e tocaram a salvação de Jesus (cf. 1 Jo 1,1-4),
também nós, hoje, podemos tocar a carne sofredora e gloriosa de Cristo na história
de cada dia e encontrar a coragem para partilhar com todos um destino de esperança,
esse traço indubitável que provém de saber que estamos acompanhados pelo Senhor”.
Testemunho - Ainda, segundo o comunicado, “testemunho
é a motivação da mensagem, cujo tema é retirado do que o Papa Francisco chama de
"o livro que os discípulos missionários têm sempre à mão". "Celebrar
o Mês da Missão e o Dia Mundial das Missões a cada ano significa lembrar que a nossa
fé é sempre missionária". Não podemos ficar em silêncio sobre o que ouvimos,
vimos e vivemos no nosso encontro com o Senhor, “o evangelizado, evangeliza” (lema
da Diocese de Sumbe). O testemunho anda de mãos dadas com a memória porque no Dia
Mundial das Missões, que é celebrado todos os anos no penúltimo domingo de Outubro,
o Papa afirma: '”Recordamos com gratidão todas
as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o nosso compromisso baptismal
de ser apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho. Lembramos especialmente aqueles
que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho pudesse
atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de aldeias e cidades onde tantas vidas
estão sedentas de bênção'”.
Ninguém é excluído da misericórdia de Deus.
KD
TESTEMUNHO MISSIONÁRIO
50 ANOS EM MISSÃO
Há 50 anos fui ordenado sacedote. Os superiores da Sociedade
Missionária indicaram-me Angola como o meu primeiro campo de Missão. Estava a
começar a nossa presença neste país. Nada conhecia do povo, história e cultura
local. Por isso, cheguei aqui sem projetos e esqemas de ação. Somente me movia
a vontade de conhecer este povo e a sua cultura e de, em comunhão com a equipa
que me acolheu, colaborar na elaboração dum plano pastoral que viesse a ser
definido.
Tínhamos tomado conta da Missão do Dumbi a 25 de Março desse
ano. Todos vínhamos de fora. Portanto, todos aprendizes da Missão em
Angola. P. Manuel Fernandes, o supeior
local e também Regional de Angola, veterno das Missões em Moçambique, e com a
experiência acumulada de Superior Geral da Sociedade Missionária, acolheu-me
como um verdadeiro pai. P. Fernando Eiras tinha chegado em Janeiro desse ano,
vindo da área da formação nos seminários em Portugal. Foi para mim um
verdadeiro irmão. Esta foi para mim a equipa de referência para toda a minha
vida missionária ao longo destes 50 anos. E a Missão do Dumbi a Missão do meu
primeiro amor. Como éramos todos recém chegados, estávamos todos em atitude de
escuta e aprendizagem.
Passados alguns meses os catequistas gerais da Missão do
Dumbi, com quem nos reuníamos tdos os meses para estudo e programação pastoral,
apercebeu-se do nosso desconhecimento, mas da vontade grande de aprender e, por isso, ajudou-nos a dar os nossos
primeiros passos em ordem a uma pastoral mais inculturada e próxima do povo.
Percebemos imediatamente que era necessário apostar na
formação dos líderes das comunidades e a todos os níveis. A essa tarefa nos
dedicámos de alma e coração. Foi talvez a melhor opção pastoral cujos frutos
mais tarde se tornaram visíveis.
Ao fim de um ano no Dumbi, com o novo reforço chegado de
Portugal, a quipa missionária foi refeita. Ficaram no Dumbi os Padres Manuel
Fernandes, Augusto Farias e Aníbal Morgado, acabado de chegar. Foi assumida a
Paróquia do Seles para onde foram enviados os Padres Fernando Eiras e Laurindo
Neto, também recém chegado. Neste trabalho de formação assumido pelas duas
equipas muito colaboraram as Irmãs
Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus no Dumbi, e as Irmãs do Amor de Deus no
Seles com quem criámos laços de muita amizade e colaboração.
Esta colaboração com as Irmãs e a interação com os
catequistas gerais e locais ficou como nota distintiva da nossa ação pastoral
por estas terras do Kuanza Sul. Isso foi notado por D. Zacarias Kamuenho
aquando da sua primeira visita pastroral como bispo auxiliar de Luanda, quinze
dias após a sua sagração episcopal à Missão do Dumbi, de 9 a 14 de Dezembro de
1974. Foi no encontro de avaliação da visita pastoral na tarde do dia 14 de
Dezembro, só com os padres e as irmãs, que D. Zacarias nos revelou pela
primeira vez, que estavam reunidas todas as condições para iniciarmos o grande
projeto do Ondjango já estudado por alguns missionários no Huambo, mas que
ficou inconclusivo.
A ideia inicial e os elementos basilares do Ondjango
devem-se a D. Zacarias. A sua estruturação, divulgação e experiència nas
comunidades foi tarefa a nós confiada. Foi este o projeto pastoral mais
audacioso e envolvente da minha vida missionária. Só por isso já valeu a pena
ter sido missionário em Angola.
Infelizmente tive de dedicar muito tempo e energias à construção
de estruturas materiais mínimas para a atividade pastoral pelos vários locais
por onde passei. Mas esta não foi a atividade mais significativa da minha vida.
Sempre me preocupei por colocar novidade e criar inovação em todos os projetos
pastorais que tive de orientar, nunca me limitando à repetição de ritos e
tradições. Nem sempre consegui o que
desejava, mas era movido por este desejo grande de inculturação da fé na
cultura do povo que me acolheu.
Passei por quase todas as Paróquias/Missões do Kuanza Sul,
pelo menos em cursos de formação a líderes comunitários. Por isso, estou muito
vinculado à Diocese do Sumbe que, na celebração deste jubileu de 50 anos de
Missão, me acolheu com imensa alegria, e a quem agradeço toda a amizade e
carinho dispensados. Foi uma festa comum, porque todos nos unimos no comum
louvor ao Senhor por tudo quanto de bom Ele operou através de nós, apesar das
nossas limitações e fragilidades. Que Ele para sempre seja louvado
P. Augusto Farias,
Missionário da Boa Nova
SÍNODO - A voz do povo
Um sínodo para tratar a sinodalidade
não deve ser entendido como mera metalinguagem. O Sumo Pontífice mostra mais uma
vez, e de modo contundente, que acredita numa Igreja que ouça os anseios dos cristãos.
De todo o mundo.
Este futuro encontro dos bispos,
portanto, não irá se restringir às conferências encabeçadas por religiosos dentro
dos muros do Vaticano. O que começa agora é um processo de sinodalidade que pretende
estar aberto a ouvir todos os católicos que queiram se expressar nos próximos dois
anos. Isso significa 1,3 bilhão de pessoas, metade de todos os habitantes da Terra,
que se declaram cristãos.
Radical? "É o mais amplo
sínodo, a maior experiência de sinodalidade que já foi feita na Igreja" de
todos os tempos. "A proposta é ampla, pretende que todos os fiéis baptizados
tenham a chance de, em alguma parte do processo, serem consultados. Isso nunca existiu
na história da Igreja: uma tentativa de consultar todos os católicos do mundo."
"É claro que ninguém vai
bater de porta em porta para falar com todos. Mas reuniões e assembleias devem ocorrer
em paróquias e em grupos, questionários devem ser aplicados. A ideia é que todos
se sintam tocados a participar".
"É a tentativa mais ampla
de enraizar a sinodalidade não mais como um processo e uma forma de fazer as coisas,
mas como uma mentalidade da Igreja."
O que é -
A palavra sínodo vem da junção de dois termos gregos, synodos (reunião ou conselho)
e hodós (caminho). Sinodalidade, portanto, é uma maneira de acreditar que o caminho
depende do entendimento conjunto. Que as decisões não devem ser impostas por uma
autoridade, mas precisam brotar das bases.
Desde que assumiu o comando da
Igreja e se tornou papa Francisco, em 2013, o argentino Jorge Bergoglio tem demonstrado
que é assim que acredita um futuro possível. De certa forma, recupera o modus operandi
das primeiras comunidades cristãs, antes de a instituição se tornar poderosa e influente.
Naqueles primórdios, toda e qualquer decisão era colegiada.
Nesse percurso, Francisco também
aprofunda uma ideia trazida no Concílio Vaticano II. Como resposta aos anseios expressos
pelos padres conciliares, o então papa Paulo VI (1897-1978) criou em 1965 o Sínodo
dos Bispos, esse encontro periódico a reunir representantes episcopais de todo o
mundo para tratar de temas específicos.
De lá para cá, já foram 29 encontros,
entre ordinários, extraordinários e regionais. Ao abrir o próximo, cuja reunião
final será em 2023, em evento na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, no sábado (9
de Outubro) e, oficialmente, em missa na Basílica de São Pedro no domingo (10 de
Outubro), Francisco radicalizou algo que vinha buscando desde o primeiro dos cinco
sínodos já convocados por ele: a participação das comunidades.
"Nesta nova assembleia do sínodo,
o mais importante não serão as conclusões, mas o processo de escuta e de participação
eclesial que ela deflagra".
"Além disso, tem uma grande
possibilidade de Francisco encerrar seu pontificado, por aposentadoria ou morte,
antes do sínodo terminar. Assim, o processo sinodal se torna um meio para garantir
a continuidade do processo de mudanças iniciado por Bergoglio, independentemente
de quem seja o novo papa".
"O ponto crucial é a ampla consulta
à comunidade católica, que começará em nível local, nas dioceses e paróquias, para
culminar na assembleia dos bispos". "Essas consultas se tornaram características
de um 'modo Francisco' de governar a Igreja, ainda que processos semelhantes possam
ser encontrados em várias experiências anteriores."
Este sínodo deve imprimir a sinodalidade
como o jeito de organizar as decisões. "A ideia é de que antes de cada grande
decisão, antes de dar os rumos da Igreja, as pessoas sejam consultadas. E que os
bispos também façam isso, e que isso seja feito dentro das paróquias, que a gente
parta do princípio de que o normal é ouvir as pessoas".
"No fim, a Igreja mantém sua
estrutura hierárquica e tudo o mais. Sempre uma autoridade vai tomar a decisão.
Mas ela [a decisão] é iluminada por essas experiências da base e de todos os que
são consultados. Para quem acredita, o Espírito Santo fala também pelo povo, não
flui só entre as autoridades da Igreja, mas sim nas pequenas comunidades, nas famílias
e em todos aqueles que acabam sendo consultados no processo sinodal".
KD
O Tempo do
Advento
O que é? - O Advento é o tempo litúrgico que decorre desde
o início do novo ano litúrgico até ao Natal – mais precisamente, começa nas vésperas
do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro (festa de Santo André Apóstolo) e
vai até às vésperas do Natal, no dia 24 de Dezembro.
A palavra advento, na sua origem, significa acontecimento,
chegada solene ou vinda. No Cristianismo, o Advento prepara espiritualmente o Natal.
O Advento é um tempo de esperança, “marcado pela recordação do nascimento de Jesus
e pela expectativa da Sua vinda gloriosa no fim dos tempos”.
Imprimindo fortemente o sentimento de espera, a liturgia
suprime durante o Advento uma série de elementos festivos. Desta forma, na Missa,
não é rezado o Glória, as vestes são de cor roxa, as decorações das igrejas são
mais sóbrias, menos festivas, entre outras. Tudo isso é uma maneira de expressar,
de forma tangível, que, durante a nossa caminhada, falta algo para que ela esteja
completa – algo por que nós esperamos.
A origem e história do Advento - Não se sabe com exactidão
quando é que o período de preparação para o Natal que agora se chama Advento começou
– mesmo sabendo-se que já existia no ano de 480, os estudiosos concordam que é impossível
afirmar com confiança uma explicação credível para a origem deste tempo.
De acordo com São Gregório de Tours, a celebração
do Advento começou no século V quando São Perpétuo, na altura bispo de Tours, ordenou
que, começando no Dia de São Martinho (11 de Novembro) e até ao Natal, os cristãos
deveriam jejuar três vezes por semana.
Essa prática espalhou-se por toda a França no final do
século VI, sendo que alguns cristãos excediam os três dias e jejuavam todos os dias
do Advento. As homilias do Papa Gregório I, também no final do século VI, mencionam
apenas quatro semanas de Advento, mas sem jejum. No entanto, escritos do tempo de
Carlos Magno – imperador do Sacro Império Romano no século IX – afirmam que a prática
do jejum no Advento era bastante alargada. Somente no final do século VII, em Roma,
é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do
Senhor e passando a ser celebrado durante 5 domingos.
Com o Papa Urbano V, em 1362, a corte papal era forçada
à abstinência, mas não ao jejum. A liturgia do Advento foi-se mantendo inalterada
até ao Concílio Vaticano II, em 1963, introduzir alterações menores, principalmente
com a intenção de diferenciar o espírito do Advento do espírito da Quaresma, dando
ênfase ao Advento como uma época de esperança para a vinda de Cristo.
O que se celebra? - No Advento, a Igreja celebra não só apreparação
para a celebração do nascimento do Filho de Deus em Belém como a presença de Cristo
no meio de nós – sobretudo através dos sacramentos mas também através da Palavra,
entre outras coisas –, e projecta os cristãos para “a vinda gloriosa de Cristo no
fim dos tempos”.
Assim, podemos falar em duas partes do Advento. Numa primeira
parte, do primeiro Domingo ao dia 16 de Dezembro, o Advento tem um carácter escatológico,
focando-se na vinda do Senhor no fim dos tempos; na segunda, os dias estão focados
mais explicitamente na preparação para o nascimento de Jesus – a primeira vinda
de Cristo.
Neste período, as leituras da Missa convidam a viver a
esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: a Sua vinda no fim dos tempos,
a Sua vinda agora, a cada dia, e a Sua vinda há dois mil anos.
A segunda parte, de 17 a 24 de Dezembro, inclusive, está
mais directamente orientada à preparação do Natal. Somos convidados a viver com
mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera: os evangelhos
destes dias preparam-nos directamente para a celebração do nascimento de Jesus –
a primeira vinda de Cristo.
Os Domingos - No rito romano da Igreja
Católica, os Domingos do Advento têm temas distintos. O primeiro Domingo sublinha
a última vinda do Senhor e marca a espera pela segunda vinda de Jesus. No segundo
Domingo, João Baptista manda preparar os caminhos do Senhor. O terceiro Domingo
– Domingo da Alegria – manifesta Cristo “já presente”. No quarto Domingo é colocada
em relevo a figura de Maria, assim como os eventos que levaram ao nascimento de
Jesus.
E a coroa de Advento? - Existem vários símbolos
do Advento que nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a viver melhor
este tempo, mas talvez nenhum deles seja mais reconhecível do que a coroa de Advento,
com origem numa tradição pagã europeia. No Inverno, acendiam-se algumas velas que
representavam ao “fogo do deus sol”, na esperança de que a sua luz e o seu calor
voltassem. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar
as pessoas, partindo dos seus próprios costumes para ensinar a fé. Assim, a coroa
está formada por uma grande quantidade de símbolos: A forma circular: O círculo
não tem princípio nem fim, sinalizando assim o amor de Deus que é eterno, sem princípio
e sem fim, e também o nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além
disso, o círculo dá uma ideia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma
grande “aliança”.
As ramas verdes: O verde é a cor da esperança e da vida.
Simbolizam a vontade de Deus de Quem esperamos a sua graça, o seu perdão misericordioso
e a glória da vida eterna no final da nossa vida. Usam-se ramos de pinheiros porque
estes permanecem verdes apesar do Inverno, assim como os cristãos devem manter a
fé e a esperança apesar das tribulações da vida.
As quatro velas: As quatro velas da coroa simbolizam, cada
uma delas, uma das quatro semanas do Advento. No início, vemos uma coroa sem luz
e sem brilho, recordando a experiência de escuridão do pecado. À medida que se vai
aproximando o Natal vamos, ao passo dos Domingos do Advento, acendendo uma a uma
as quatro velas, representando assim a chegada de Jesus, luz do mundo, que dissipa
toda a escuridão, trazendo aos nossos corações a tão esperada reconciliação.
KD
1 - “Deus tinha-me dado um coração recto
e fácil de in-amar-se pelas necessidades dos outros” (Pauline Jaricot)
As OMP (Obras Missionárias Pontifícias)
são uma rede mundial de oração e solidariedade a serviço do Papa. Sua fundação tem
origem no fervor missionário expresso por Pauline Jaricot que, na França, em 1822,
instituiu a Obra da Propagação da Fé. Ela descobriu uma forma concreta para envolver
os fiéis na missão universal da Igreja, através da oração e da arrecadação de fundos.
A iniciativa começou com um
pequeno círculo de operárias que rezavam pela missão ad gentes e faziam uma pequena
doação para sustentar os missionários franceses que estavam na China.
Hoje essa rede de oração e solidariedade se espalhou por todo o mundo,
sendo fonte inspiradora para as obras pontifícias. As doações dos cristãos compõem
o Fundo Mundial de Solidariedade, que existe para financiar diversos projectos ordinários
e extraordinários aprovados durante a Assembleia Geral em Roma, formada por directores
das OMP de diversos países.
2 - No fim de semana (9-10 de Outubro),
o Papa Francisco abriu o que pretende ser o maior movimento de consulta democrática
da história da Igreja Católica, uma religião que, ao longo dos séculos, se tornou
símbolo de hierarquia rígida, conservadorismo e pouca transparência — e, de quebra,
comanda um Estado, o Vaticano, de forma teocrática.
Nos próximos dois anos,
Francisco quer que a imensa maioria dos católicos — idealmente, todos os 1,3 bilhão
que se declaram assim — sejam ouvidos sobre o futuro da Igreja.
3 - Angola - D. Luzizila Kiala, novo Arcebispo de Malanje O Papa Francisco nomeou, a 29 de Setembro
de 2021, D. Luzizila Kiala como novo arcebispo de Malanje. A Conferência Episcopal
de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST), congratula-se com a escolha do Santo Padre.
“Procurei fazer o possível na Diocese do
Sumbe, agora por orientação do Papa Francisco vou para Malanje cumprir uma nova
missão”, disse D. Luzizila kiala em reacção à sua nomeação.
D. Luzízila
esteve à frente da Diocese do Sumbe por oito anos, foi nomeado Bispo desta Diocese
a 21 de Maio de 2013, substitui na altura, D. Benedito Roberto.
4 - Malanje - O Vaticano nomeou Dom Luzizila Kiala, de
58 anos de idade e natural da Damba, província do Uíge, para arcebispo de Malanje
confirmu o administrador da Arquidiocese, Padre Adão António (Kawenda).
Kiala ocupa o cargo deixado vago pela morte de Dom Benedito Roberto,
aos 74 anos de idade, em Novembro de 2020.
5 - Papa faz apelo por 'leis urgentes e
sábias' em favor do clima - O papa Francisco fez um apelo no sábado (9
de Outubro) para a criação de "leis urgentes, sábias e justas" em favor
do meio ambiente, ao receber os participantes da reunião preparatória para a Cúpula
do Clima de Glasgow (COP26) que aconteceu em Roma.
"Espero que o vosso trabalho exigente, tendo em vista a COP26, e mesmo depois dela, seja iluminado por dois
'faróis' importantes: o farol da responsabilidade e o farol da solidariedade",
alertou o Pontífice aos diversos líderes religiosos, parlamentares e cientistas.
6 - Papa Francisco fez
um discurso contra armas: ‘mais vacinas e menos fuzis’ - Em
cerimónia, o líder da igreja católica criticou o
investimento dos governos mundiais em armamentos e guerras -
Na quinta-feira, 7 de Outubro, o papa Francisco participou de
um encontro inter-religioso no Coliseu, em Roma, na Itália. No evento que busca pela paz da Comunidade Sant'Egidio, o líder católico realizou um
discurso incisivo contra armas.
Na ocasião, o santo padre pediu para que
todos os participantes da
cerimónia ajudassem a “extirpar dos corações o ódio e condenar todas as formas de
violência”.
7 - África do Sul – Eleições - Arcebispo Phalana: encorajou as pessoas a votar
- No próximo dia 1 de Novembro o povo sul-africano será chamado às
urnas para as eleições municipais. Já por ocasião das eleições anteriores, em 2019,
informa o site da Conferência Episcopal da África do Sul, os Bispos haviam feito
um apelo a cada cidadão, recordando a “grave responsabilidade de criar um ambiente
de tolerância e aceitação que permita a cada sul-africano de apoiar e votar no partido
que escolher, sem medo de violência e intimidações”.
8 - Cidade do Vaticano - Por ocasião da rodada eleitoral, e para avaliar
a prontidão da Comissão Eleitoral Independente, o Departamento de Justiça e Paz
dos Bispos da África do Sul convidou o Chefe Eleitoral Sy Mamabolo, que também é
diácono permanente na Arquidiocese Católica de Joanesburgo, para um encontro que
também tocou o tema do papel da Igreja como observadora na actual situação pandémica.
No seu discurso de abertura, Dom Victor Phalana,
presidente da Comissão de Justiça e Paz, observou que a Comissão Eleitoral está
sob um estrito controle e acrescentou que, enquanto os sul-africanos procuram reconhecê-la
e respeitá-la, o dever da Comissão é corrigir os seus próprios erros o mais rápido
possível e restaurar a confiança na nação.
O prelado afirmou que, como Justiça e Paz, vão encorajar as pessoas
a votar, mas que poderiam não ter respostas às perguntas das pessoas sobre algumas
situações relacionadas com as eleições: daí a importância de a Comissão Eleitoral
esclarecer as questões pendentes.
9 - Costa do Marfim. 9-10 de Outubro “Noite
do Rosário” no Santuário Mariano de Abidjan - Vigília e oração: são os elementos que caracterizaram
a “Noite do Rosário”, marcada para os dias 9 e 10 de Outubro, no Santuário Mariano
de Abidjan, na Costa do Marfim, evento organizado pelo movimento “Equipas do Rosário”.
KD
NOTÍCIAS DA NOSSA PARÓQUIA
1 – Realizaram-se, em tempo previsto, as jornadas
juvenis da Diocese em nossa Paróquia. O balanço foi positivo.
2 – Esteve entre nós o Pe. Augusto farias
celebrando os seus 50 anos de Missão – passou pelas paróquias de Porto Amboim,
Seles, Gabela e Missão do Dumbi entre outras localidades.
3 – Partiram da nossa Paróquia o Pe. José Pedro
Carlos, a Ir. Hermelinda e o seminarista Martinho Huambo Patele e Chegaram para
a nossa Paróquia o Diácono Luciano (SMBN) e a Ir. Luzia (FVM)
KD
24 de Outubro – XXX Domingo Comum – Cristo Rei
do Universo
L1
- Jer 31,7-9 - Vou trazer de novo o cego
e o coxo entre lágrimas e preces - Da celebração fazem parte todos
os que têm fé. Porém Deus privilegia os cegos, aleijados e indefesos como seus filhos
primogénitos, organizando-os, reunindo-os e reconduzindo-os à vida.
L2 - Hebr 5,1-6 – Tu és sacerdote para sempre segundo
a ordem de Melquisedec - A comunidade cristã se reúne para celebrar a vida
e a fé em Cristo, único mediador entre Deus e as pessoas humanas. Celebrar a Eucaristia
é fazer memória do sacerdócio de Cristo que, mediante o sofrimento e a morte, trouxe
o perdão e a salvação para todos. Ev. - Mac
10,46-52 - Mestre, que eu veja - Celebrar a Eucaristia, pois, é professar a
própria fé, abrir os olhos, romper com a sociedade que marginaliza, para seguir
Jesus, formando com ele uma só realidade, construindo com ele a sociedade justa
e fraterna.
31 de Outubro
- XXXI Domingo do Tempo Comum
L1: Dt 6,2-6 – Amarás o Senhor com todo o teu coração - O amor está no centro da
experiência cristã. O caminho da fé que, dia a dia, somos convidados a percorrer,
resume-se no amor Deus e no amor aos irmãos - duas vertentes que não se excluem,
antes se complementam mutuamente. A primeira leitura apresenta-nos o início do "Shema'
Israel" - a solene proclamação de fé que todo o israelita devia fazer diariamente.
É uma afirmação da unicidade de Deus e um convite a amar a Deus com todo o coração,
com toda a alma e com todas as forças.
L2: Heb 7,23-28 – Porque permanece para sempre,
possui um sacerdócio eterno - A segunda leitura apresenta-nos
Jesus Cristo como o sumo-sacerdote que veio ao mundo para cumprir o projecto salvador
do Pai e para oferecer a sua vida em doação de amor aos homens. Cristo, com a sua
obediência ao Pai e com a sua entrega em favor dos homens, diz-nos qual a melhor
forma de expressarmos o nosso amor a Deus.
Ev.Mc 12,28-34 – Amarás o Senhor teu Deus.
Amarás o teu próximo - diz-nos, de forma clara e inquestionável,
que toda a experiência de fé do discípulo de Jesus se resume no amor - amor a Deus
e amor aos irmãos. Os dois mandamentos não podem separar-se: "amar a Deus"
é cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade,
de partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação, desenvolvimento,
aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais da vida cristã.
2 De Novembro – Fiéis defuntos - "Nele (Jesus) brilhou para
nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece,
a promessa da imortalidade consola!".
No dia em que celebramos os mortos, tudo fala de
vida, de modo que podemos afirmar, com toda a certeza e alegria, que morrer é viver.
A razão disso tudo é a pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, primeiro fruto
de entre os que ressuscitam dos mortos, nosso irmão mais velho e vencedor da morte.
L1:
- Sb 3,1-9 – O Justo é imortal - De algum modo, a ressurreição
de Jesus foi sendo preparada na fé e na esperança do povo, no meio do qual está
o autor do livro da Sabedoria. Ele afirma que a luta do justo pela justiça é cheia
de imortalidade (I leitura).
L2:
- Rm 8,14-23 – No Espírito Rumo ao mundo novo - Paulo,
na II leitura, rompe o circuito fechado do fatalismo, apontando para o horizonte
luminoso para onde caminha toda a humanidade.
Ev: - Jo 11,32-45 – O amor que vence a morte -
Jesus, aquele para quem a morte não interrompe o amor, por amar sem
limites e sem barreiras toda a humanidade representada por Lázaro, ressuscita: “Lázaro,
saia para fora!” E nos convida a entrarmos nessa ciranda da vida que vence a morte,
desamarrando todos os que estão impedidos de viver.
7 de Novembro - XXXII Domingo do Tempo Comum -
O verdadeiro culto, que devemos prestar a Deus. A Deus não interessam grandes
manifestações religiosas ou ritos externos mais ou menos sumptuosos, mas uma atitude
permanente de entrega nas suas mãos, de disponibilidade para os seus projectos,
de acolhimento generoso dos seus desafios, de generosidade para doarmos a nossa
vida em benefício dos nossos irmãos.
L1: 1 Re 17,10-16 – Do seu pouco
de farinha, a viúva fez pãozinho - A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de
Sarepta, que, apesar da sua pobreza e necessidade, está disponível para acolher
os apelos, os desafios e os dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com
o profeta os poucos alimentos que tem, garante-nos que a generosidade, a partilha
e a solidariedade não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.
L2: Heb 9,24-28 – Cristo ofereceu-se uma só ve para tomar sobre si
os pecados de muitos - A segunda leitura oferece-nos o exemplo
de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em favor dos homens. Ele mostrou-nos,
com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um
dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós
o dom da nossa vida, ao serviço desse projecto de salvação que Ele tem para os homens
e para o mundo.
Ev: Mc 12,38-44 – Esta pobre viúva
deu mais do que todos os outros - Através do exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, o Evangelho
mostra qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes
de Lhe oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosa (que
é sempre fecunda), num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem
condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios,
são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera.
14 de Novembro - XXXIII Domingo do Tempo Comum – a Liturgia apresenta-nos, fundamentalmente, um convite à esperança.
Convida-nos a confiar nesse Deus libertador, Senhor da história, que tem um projecto
de vida definitiva para os homens. Ele vai mudar a noite do mundo numa aurora de
vida sem fim.
L1: Dan 12,1-3 – Nesse tempo virá
a salvação para o teu povo - A primeira leitura anuncia aos crentes perseguidos e desanimados
a chegada iminente do tempo da intervenção libertadora de Deus para salvar o Povo
fiel. É esta a esperança que deve sustentar os justos, chamados a permanecerem fiéis
a Deus, apesar da perseguição e da prova. A sua constância e fidelidade serão recompensadas
com a vida eterna.
L2: Heb 10,11-14.18 – Por uma única
oblação, tornou perfeitos para sempre os que foram santificados - A segunda leitura lembra que Jesus veio ao mundo para concretizar
o projecto de Deus no sentido de libertar o homem do pecado e de o inserir numa
dinâmica de vida eterna. Com a sua vida e com o seu testemunho, Ele ensinou-nos
a vencer o egoísmo e o pecado e a fazer da vida um dom de amor a Deus e aos irmãos.
É esse o caminho do mundo novo e da vida definitiva.
Ev: Mc 13,24-32 – Reunirá os seus
eleitos dos quatro pontos cardeais - Jesus garante-nos que, num futuro sem data marcada, o mundo velho
do egoísmo e do pecado vai cair e que, em seu lugar, Deus vai fazer aparecer um
mundo novo, de vida e de felicidade sem fim. Aos seus discípulos, Jesus pede que
estejam atentos aos sinais que anunciam essa nova realidade e disponíveis para acolher
os projectos, os apelos e os desafios de Deus.
21 de Novembro – XXXIV Domingo do
tempo comum – Cristo Rei do Universo
L1: - Dn 7,13-14
– O
Poder do Senhor é eterno.
L2: Ap 1,5-8
– O
Príncipe dos reis da terra fez de nós um reino de sacerdotes
para Deus.
Ev: - Jo
18,33b-37 – É como dizes, sou rei.
A solenidade
de Cristo Rei encerra o Ano Litúrgico. Por isso a celebração deste dia é uma grande
profissão de fé no Senhor da história que caminha com seu povo. É também momento
privilegiado para que a comunidade cristã descubra seu lugar e papel na sociedade.
Pertencer à verdade e ouvir a voz daquele que é rei porque dá gratuitamente a vida
pelos seus, é ser reino e sacerdotes para Deus. Cristo, a testemunha fiel, o primogénito
dentre os mortos, é aquele que nos comunica e realiza em nosso favor o plano do
Pai. É nosso irmão. A Eucaristia que celebramos é memorial daquele que nos ama e
nos libertou dos pecados em seu sangue.
TEMPO DO
ADVENTO
28 de Novembro
– I Domingo do Advento
L1: - I leitura Jr 33,14-16
- Advento é tempo de grande compromisso com o projecto
de Deus. Olhando a realidade do povo em nosso país, constatamos que há um abismo
entre o que o Senhor quer e a situação em que se encontra a maioria da nossa gente.
Contudo, os anseios do povo coincidem profundamente com o plano divino: a paz que
é fruto da justiça. O povo quer dirigentes e governantes legítimos, dos quais possa
cobrar seus direitos e justiça.
L2: II leitura 1Ts 3,12-4,2. – O Senhor confirme os vossos corações no dia
de Cristo - O amo prepara a vinda de Jesus - Celebrar é actualizar o amor de
Cristo por nós, traduzindo-o em fraternidade e solidariedade, de modo que o mundo
inteiro conheça e participe do projecto de Deus, pois o amor prepara a vinda de
Jesus.
Ev: - Lc 21,25-28.34-36 – A vossa libertação está próxima - A celebração
eucarística é lugar onde o povo oprimido pode ficar de pé e levantar a cabeça, porque
a libertação está próxima. A morte e ressurreição de Jesus, celebradas na Eucaristia,
são a presença do Deus que age na história, julgando e libertando.
5 de Dezembro – II Domingo do Advento
L1: Br 5,1-9 – Deus mostrará o teu esplendor - Advento é tomada de consciência: Deus
é Pai e libertador. Ele convida seus filhos, as comunidades cristãs, a se levantar
e perceber que a libertação está próxima
L2:
- Fl 1,4-6.8-11
– Puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo - Celebrar
a Eucaristia é reviver a presença do Deus que é Pai libertador, que salva em Cristo
Jesus. A comunidade cristã que celebra o memorial da morte e ressurreição de Cristo
é convidada ao discernimento: só o amor dinâmico que conduz à prática da solidariedade
e da justiça é capaz de actualizar a vinda de Jesus.
EV:
evangelho - Lc 3,1-6 – toda a criatura verá a salvação de Deus - O
nascimento de Cristo, e sua missão, marcam o acontecimento central da história da
salvação. O caminho de Jesus é proposta aberta a todos. Mas não nos iludamos: o
caminho de Jesus não é o dos poderosos, e a história da salvação não passa pela
“história oficial” dos que dominam e oprimem.
12 de Dezembro – III Domingo do Advento
L1: - Sof 3,14-18a – O Senhor exulta de alegria por tua causa -
“O que
devemos fazer?” Essa pergunta aparece três vezes no evangelho deste domingo. Sua
resposta traça um programa de vida para os cristãos em suas comunidades. O Natal
que está para chegar marca a presença de Deus no meio de nós, “pequeno resto” que
procura manter-se fiel ao Senhor. Connosco Deus quer construir nova história e nova
sociedade.
L2: - Filip 4,4-7 – O Senhor está próximo - A celebração eucarística
é o momento em que damos graças ao Pai, por meio de Jesus, no Espírito. Nossa oração,
feita de agradecimento e súplica, é momento de discernimento e de compromisso com
Jesus e seu projecto.
Ev: - Lc 3,10-18 – Que
devemos fazer - Pois Ele vai pôr às claras quem somos e o que fazemos para
construir sociedade e história novas. A partilha do Pão da vida nos ensina a partilhar
os bens da criação, na justiça e no serviço aos marginalizados.
19 de Dezembro – IV Domingo do Advento
L1: - Miq 5,1-4 - Celebrar
a Eucaristia é sentir que a salvação nasce dos pobres. É nos pequenos das roças
e periferias que hoje Jesus se encarna, devolvendo-lhes a esperança e a paz.
L2: - Hb 10,5-10. As comunidades
cristãs, pequeno resto, se reúnem para celebrar esse evento libertador: o nascimento,
morte e ressurreição de Jesus que, em seu corpo, nos santificou e libertou, perdoando
nossos pecados. A melhor resposta que podemos dar-lhe, neste tempo de Advento, é
esta: “Estamos aqui para fazer a tua vontade”.
Ev: - Lc1,39-45
– Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? - A comunidade
reunida, o pão partilhado, são sinais visíveis de que o mundo novo está começando
a partir dos que se comprometem com o Reino de Deus. Na celebração sentimos que
a realeza de Cristo se traduz na partilha do seu ser com os empobrecidos, criando
a paz. Como Isabel, nós também perguntamos: “Como posso merecer que… o meu Senhor
me venha visitar?” A proximidade do Deus que se faz pão e palavra de vida nos leva
a exultar como João Batista no seio de sua mãe. Deus veio morar entre os empobrecidos.
Encarnou-se neles para salvá-los!
Natal do
Senhor – Noite – Hoje nasceu para vós um Salvador, que é o Messias, Senhor!
Deus
entra na história do ser humano por meio de uma mulher marginalizada. Celebrar o
Natal é fazer memória dos eventos libertadores do nosso Salvador, Messias e Senhor.
Jesus nasce no meio dos pobres, migrantes, pastores, enfim, encarna-se na realidade
dos que sofrem, para remi-los liturgia é comunicação do Deus que optou pelos pobres,
falando a linguagem deles, resgatando-os definitivamente, para que ninguém venha
de novo oprimi-los. Nasce para nós o Salvador. Hoje é dia de boas notícias, pois
a história toma rumo novo, manifestando a solidariedade do Deus fiel. Glória a Deus
no mais alto dos céus! Sua glória é acção concreta repercutindo na terra, trazendo
para todos a paz. Envolto em faixas e colocado na manjedoura; envolto num lençol
e colocado num sepulcro; feito pão e vinho e posto a serviço dos que ele ama: assim
é o nosso Salvador, o Messias, o Senhor, aquele que não reservou para si sua vida,
mas a entregou a fim de nos resgatar e purificar, tornando-nos seu povo, dedicado
a praticar a justiça.
Natal
do Sr - Dia – A palavra se encarnou e fez sua tenda entre nós
L1: – Is 52,7-10 – Seu
Deus Reina
L2: – Hb 1,1-6 – Falou-nos
por meio do Filho
Ev: - Jo 1,1-18 – A Palavra
se encarnou e armou sua tenda entre nós
Que bom seria se o espírito natalino tomasse conta
de todos os dias da vida. Viveríamos continuamente agradecidos, pois o Natal – início
de nossa redenção – é o ponto alto da comunicação amorosa do nosso Deus. Hoje é
dia de boas notícias: o nosso Deus vem para reinar, para fazer estremecer de júbilo
as ruínas de Jerusalém e as nossas ruínas; na pessoa do Filho – Palavra encarnada
que armou sua tenda no meio de nós –, Deus nos fala e nos contempla face a face,
e nós podemos contemplá-lo como um de nós. A eucaristia coroa nossa celebração e
nela somos gratos ao Pai, pois, na Palavra feita gente, nós, que acolhemos Jesus
e acreditamos em seu nome, recebemos o poder de nos tornar filhos de Deus.
26/12/2021 – Sagrada Família
O mundo
é a família de Deus, pois Jesus se encarnou em nossa realidade, experimentando o
drama de todas as famílias humanas, conduzindo seu povo para a vida em plenitude.
Toda celebração eucarística é catequese permanente da ação de Deus em nossa vida.
Por isso, com a festa da Sagrada Família, celebramos não só o sofrimento das famílias
brasileiras, mas sobretudo a certeza de que estamos sendo guiados por Deus no caminho
que conduz à vida e liberdade para todos. Encerramos mais um ano de caminhada. Agradecemos
a Deus a alegria das esperanças realizadas. E celebramos desde já as expectativas,
pois a maioria das comunidades e famílias ainda não viu brilhar no horizonte a consolação
e a libertação iniciadas em Jesus.
Dia 1 de Janeiro - Santa Maria Mãe de Deus - Num 6,22-27; Gal 4,4-7;
Lc 2, 16-21
Neste dia,
a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes.
Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade da Mãe de Deus: somos convidados a olhar
a figura de Maria, aquela que, com o seu sim ao projecto de Deus, nos ofereceu a
figura de Jesus, o nosso libertador. Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial
da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI quis que, neste dia, os cristãos rezassem pela
paz. Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada
percorrida de mãos dadas com esse Deus que nunca nos deixa sozinhos, mas que em
cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude. As leituras
de hoje exploram, portanto, diversas coordenadas. Elas têm a ver com esta multiplicidade
de evocações. Na primeira leitura, sublinha-se
a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada, como bênção que nos
proporciona a vida em plenitude. Na segunda
leitura, a liturgia evoca outra vez o amor de Deus, que enviou o seu “Filho”
ao nosso encontro, a fim de nos libertar da escravidão da Lei e nos tornar seus
“filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos
dirigir-nos a Deus e chamar-Lhe “papá”. O Evangelho mostra como a chegada do projecto
libertador de Deus (que veio ao nosso encontro em Jesus) provoca alegria e contentamento
por parte daqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres
e os débeis. Convida-nos, também, a louvar a Deus pelo seu cuidado e amor e a testemunhar
a libertação de Deus aos homens. Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro
com Jesus, é o modelo do crente que é sensível ao projecto de Deus, que sabe ler
os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que
colabora com Deus na concretização do projecto divino de salvação para o mundo.
Prevenção
Covid – 19 - Informe-se sobre os factos e tome as precauções adequadas para se proteger a
si e às pessoas à sua volta. Siga os conselhos partilhados pela sua autoridade de
saúde local.
Para evitar a propagação
da COVID-19:
Lave frequentemente
as mãos. Utilize água e sabão, ou uma solução à base de álcool.
Mantenha uma distância
segura de qualquer pessoa que estiver a espirrar ou tossir.
Use máscara sempre
que o distanciamento físico não for possível.
Não toque nos olhos,
no nariz ou na boca.
Cubra o nariz e
a boca com o cotovelo flectido ou um lenço quando tossir ou espirrar. Fique em casa.
Se tiver febre,
tosse e dificuldade respiratória, procure assistência médica.
Máscaras
As máscaras podem
ajudar a evitar a propagação do vírus entre o respectivo portador e outras pessoas.
O uso de máscara, por si só, não protege contra a COVID-19 e deve ser combinado
com o distanciamento físico e a higiene das mãos. Caso se sinta doente, vá ao posto
médico mais próximo. Siga os conselhos partilhados pela sua autoridade de saúde
local.
Estes actos de prevenção são de responsabilidade
individual e colectiva.
KD LE:
www.Kaquinda.blogspot.com
O
AMBOIM - Boletim Paroquial da
Gabela. Série IV– Ano I – Nº 3 – Outubro
– Dezembro de 2021; . Propriedade e Edição
da Paróquia da Gabela – Tel. (00 244) 236220235
C.P. 95 – ANGOLA; Director: Pároco; Redacção:
Equipa Missionária – Com aprovação eclesiástica.