ÉTICA E DEONTOLOGIA - DIFERENÇAS
Palavra Ética vem do grego ethos, que se refere ao comportamento
de um indivíduo com base em seu caráter. É um ramo da filosofia que estuda o conjunto
de padrões morais que influenciam nossas ações e seus fundamentos. É de
certa forma a ciência da moralidade que tenta definir o que é bom e o que
é mau. O objetivo da ética é definir o comportamento dos homens a fim de alcançar
uma
sociedade ideal e a felicidade de todos.
Palavra deontologia, já que também vem do grego, especificamente
da palavra deontos, significa dever. É o ramo da ética que estabelece
as bases dos deveres de uma pessoa com base na moralidade. A deontologia é aplicada
ao mundo profissional, estabelecendo um conjunto de regras
e obrigações que incumbem aos membros de uma profissão ou ofício. Ao contrário
da
Ética profissional, que define o que um determinado indivíduo
considera moralmente correto em sua profissão, a Ética profissional é um código de conduta que se aplica a todos
os profissionais.
Índice
Ética
Deve ser dito
que o termo 'Ética' vem do grego, 'Ethos'. Esta palavra significa
'o lugar onde se vive'. Claro, estava finalmente mudando até ficar com o de 'caráter'
ou 'jeito de ser'. Às vezes, a ética costuma ser confundida com
a moral. A verdade é que embora já estejam mais distantes, eles têm um
ótimo relacionamento. Embora para evitar dúvidas, podemos dizer que quando falamos
em moralidade, nos referimos a todas aquelas normas que são impostas de fora, ou
seja, pela sociedade.
A ética pode
ser definida como o conjunto de normas que veêm de dentro. Ou seja, eles influenciarão nossas ações
e comportamentos, uma vez que
veêm tanto de
nossa personalidade quanto de nosso caráter. O propósito da ética é definir o comportamento de homens e mulheres para
alcançar uma sociedade melhor.
Para ser um
pouco mais específico, a ética é uma obrigação que nos leva a nos aperfeiçoarmos
a nível pessoal, as decisões que tomamos para sermos pessoas melhores. Por tudo
isso, é considerada uma ciência que trata das regras relativas ao comportamento
humano
Já conhecemos
seu significado bem como suas características, mas devemos lembrar que o termo de
ética também possui ramos distintos, como regulamentares ou aplicados.
Deontologia
Dentro da ética
normativa, encontraremos a chamada deontologia. Pelo que podemos dizer sobre isso,
é um ramo da ética. Sua origem etimológica também vem do grego. Formado por 'Deontos'
que significa 'dever e obrigação', bem como por 'logia' que passa a ser entendida
como um estudo. A deontologia é conhecida como a 'teoria do dever'.
Pelo que podemos dizer, quando falamos em código de ética, estamos nos referindo
a algumas regras e valores que são exercidos na atividade profissional.
O lógico é que
a maioria das profissões tenham
um
código deontológico. Obrigações e respeito no trabalho são formulados nele (deontologia). Embora estes também possam ser
condicionados pelo que cada consciência humana diz (ética). É melhor sempre vê-lo como um exemplo.
Por exemplo,
na medicina o código deontológico seria o sigilo profissional ou a relação do médico
com seus pacientes. No mundo do jornalismo, uma das regras a seguir
seria contrastar as informações antes de publicá-las ou proteger as fontes
de onde eles obtêm as informações. Cumprido tudo isso, eles estariam cumprindo as
diretrizes estabelecidas pela deontologia. Embora às vezes pareça que a ética como
tal tem uma forte influência.
Diferenças entre
ética e deontologia
A principal
diferença é que a deontologia é o conjunto de regras a seguir. Já a ética não são
normas impostas, mas são as situações que cada ser humano busca para decidir o que
é certo, o que é errado e o que realmente o faz feliz. A ética não se impõe de fora,
mas cada pessoa impõe uma série de conceitos ou normas a si mesma.
Através da
vida
e seus ensinamentos, saberemos quais devemos aplicar no nosso dia a dia. Portanto, essas etapas que tomaremos
serão influenciadas pela ética. Sendo desta forma um comportamento que nós próprios
variamos dependendo do que vivemos.
- Ética: costuma ser voltada para o bem, sem regulamentação. Refere-se
à consciência pessoal.
- Deontologia: É orientada para o dever. Possui normas e códigos, destinados
a profissionais de diversos tipos de trabalho. Ele está localizado entre a
moralidade e a lei.
Princípios deontológicos e éticos das profissões
Toda profissão possui um
conjunto de deveres e regras de natureza ética. Esses princípios são objectos de estudo da deontologia. Para essa ciência, a primeira obrigação
ética de um profissional deve ser dominar essas regras para alcançar um bom desempenho
na atividade exercida.
Princípios éticos (7) fundamentais
Os 7 princípios éticos fundamentais
são humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, voluntariado,
unidade e universalidade. De acordo
com Aristóteles, os valores éticos são os seguintes: coragem, temperança, liberdade,
magnanimidade, mansidão, franqueza e justiça. Para Aristóteles, o ser humano moral, virtuoso, é aquele que
consegue transformar a boa conduta, em um hábito na sua vida.
Ética, Princípios e Valores.
Para
entendermos melhor esses conceitos, precisamos diferenciar regras de princípios.
Regras
são prescrições de conduta claras e objetivas. Já os princípios são juízos abstratos
de valor, que orientam a interpretação e a aplicação das regras.
Ao juntarmos
as regras e os princípios, temos as normas.
Sob o
ponto de vista da ética, princípio é a fonte, a base em que se funda a ação. Os
princípios éticos são, enfim, fundamentos nos quais se funda a ação humana dirigida
para o bem.
Desse
modo, por princípio, deve-se optar pela prática de virtudes, ou seja, inclinar-se
para o que tem valor moral, como forma de implementar o comportamento ético.
No campo
ético, valores são os objetos da escolha moral, os fins da ação ética.
Os valores
dos indivíduos representam a base de sua conduta, pois estabelecem como vão se comportar
e como serão em sua relação com aqueles que o rodeiam.
De acordo
com Aristóteles, os valores éticos são os seguintes: coragem, temperança, liberdade,
magnanimidade, mansidão, franqueza e justiça.
Para
Aristóteles, o ser humano moral, virtuoso, é aquele que consegue transformar a boa
conduta, em um hábito na sua vida. Para ele, o homem virtuoso é aquele que tem uma
vida virtuosa.
De acordo
com Aristóteles, o agir virtuoso não é ocasional e fortuito, mas deve se tornar
um hábito, fundado no desejo de continuidade e na capacidade de perseverar no bem.
Ou seja, a verdadeira vida moral condensa-se na vida virtuosa.
A ética
e os valores éticos são frutos da razão e da consciência
humanas. Os seres humanos dão sentido aos valores éticos. Portanto, os valores éticos
não são naturais, e sim culturais.
Os valores
são manifestações de um ideal voltado para a perfeição, a exemplo dos valores da
honestidade, da virtude, da solidariedade e do altruísmo.
As ações
morais têm sua origem nos costumes de cada sociedade. Esses costumes estão fundados
em valores.
Os valores
morais estão dentro de cada um de nós, formados, em grande parte, pelo juízo constante
que fazemos das condutas humanas nos diversos contextos das relações sociais, no
âmbito do fato social.
Já os
valores de uma organização fundamentam-se nos costumes cultivados ao longo do tempo
e expressos cotidianamente na cultura organizacional.
Exemplo:
Antes, a escravidão era moralmente aceitável; hoje, já não é mais.
*A crítica
e a reflexão éticas auxiliam o desenvolvimento moral da sociedade.
O senso moral e a consciência moral referem-se a valores
(justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, generosidade), a sentimentos
provocados pelos valores (admiração, vergonha, culpa, remorso, contentamento, cólera,
amor, dúvida, medo), intenções e a decisões que
conduzem a ações (referidas ao bem e ao mal e ao desejo de felicidade) com consequências para
nós e para os outros.
O campo ético é constituído por três elementos:
- Pessoa, agente ou sujeito moral;
- Valores morais, virtudes éticas ou fins
morais; e
- Meios para que a pessoa possa atingir
os fins éticos.
De acordo
com Immanuel Kant, a razão deve ser encarada como base da moral. Partindo do princípio
de identidade, o comportamento humano está relacionado com a identificação no outro,
ou seja, a ação das pessoas influencia o comportamento individual. Ética e moral
são os mais importantes valores do homem livre.
Para
Kant, uma ação só é eticamente correta se for movida exclusivamente por uma boa
intenção. O bem mais importante a ser buscado na conduta humana é agir a partir
da consciência do que deve ser feito. Em outras palavras, agir bem é agir com base
no dever.
Nesse
sentido, só uma ação a partir da vontade livre é eticamente correta para Kant. Ser
livre é agir conforme o que manda a consciência incondicionalmente, é não permitir
que nada além daquilo que sabemos ser correto interfira em nossa conduta.
Para
se avaliar se uma ação é moralmente correta, Kant propunha que se avaliasse o quanto
ela poderia ser universalizada, ou seja, o agente deve imaginar se sua ação seria
boa para todos que a praticassem. A esse critério ele chamou de “imperativo categórico”,
pois se tratava de um mandamento (imperativo) e que deveria ser obedecido de forma
incondicional (de forma categórica e não hipotética, como se dependesse de alguma
condição).
A Deontologia
é a ciência do dever e da obrigação. É um tratado dos deveres e da moral.
Um exemplo
de uso da Deontologia encontra-se na elaboração dos Códigos de Ética.
Uma das
formas do imperativo categórico afirmava assim: “aja de modo tal que a regra específica
da sua ação concreta possa ser tomada como lei universal para todos”.
Segundo
Kant, agir eticamente é agir por dever e seu motivo é a realização do bem geral,
e não da vantagem de um indivíduo ou de um grupo particular.
A ética
é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais antecede a qualquer lei ou
código.
A ética
procura o fundamento do valor que norteia o comportamento, partindo da historicidade
presente nos valores.
A sociedade
determina as regras da ética (leis, costumes, moral, códigos de conduta ou da deontologia),
mas existe sempre um espaço de consciência individual que permite a cada cidadão
estabelecer as suas fronteiras desde que não infrinja princípios determinados por regras de conduta sociais.
Pilares da ética - A ética se baseia nos três princípios fundamentais:
Respeito pelas pessoas, Beneficência e Justiça.
Valores Éticos
Os valores éticos representam os princípios gerais que devem
orientar as pessoas no seu convívio social.
A ética nasce da compreensão de que se as ações de um indivíduo
afetam diretamente a outro, essas ações podem afetar para o bem ou para o mal.
Assim, também pode-se pensar no melhor modo de se relacionar
e o melhor modo de agir. Os valores éticos são o resultado de um conhecimento construído
com base na reflexão sobre as ações humanas e na determinação de princípios que
movem as boas ações.
A partir da construção de uma vida em sociedade, os seres
humanos tornaram-se capazes de avaliar as ações como boas ou más, benéficas ou nocivas,
egoístas ou altruístas.
A partir dessa capacidade humana de julgar as ações, tornam-se
capazes de definir princípios gerais que podem orientar as ações em vista do bem.
Esses princípios são chamados de valores éticos.
Os valores éticos
são todas as qualidades universais que um grupo social acredita serem favoráveis
às relações entre seus membros.
Exemplos de valores éticos
- Bem. O bem é um valor reconhecido como o ideal ético,
é a base da boa ação, da ação correta e da virtude. ...
- Justiça. A justiça é o valor fundamental que orienta o juízo
das ações humanas para que os efeitos das ações não sejam prejudiciais aos
outros. ...
- Liberdade. ...
- Verdade. ...
- Respeito. ...
- Solidariedade. ...
- Paz
Bem
O bem é um valor reconhecido como o ideal ético, é a base
da boa ação, da ação correta e da virtude. O bem é o oposto do mal, em algumas teorias
e correntes filosóficas e religiosas, o Bem (com maiúscula) é o objetivo da vida
humana.
O bem é o principal dos valores éticos por ser o princípio
em que se sustentam todos os outros valores. A ideia do bem pode ser identificada
com valores como: a felicidade, o prazer ou a justiça, por exemplo.
Assim, toda a ação orientada por esses valores estaria em conformidade com o bem.
As ações podem ser avaliadas e assumem seu valor moral quando promovem o bem.
Encontrar e definir
o que é o bem e de que forma ele pode orientar as ações humanas é a base da ética e o fundamento de todos os
valores éticos.
Justiça
A justiça é o valor fundamental que orienta o juízo das ações
humanas para que os efeitos das ações não sejam prejudiciais aos outros.
Uma ação é justa
a partir da ideia de que ela é a mais favorável possível para ambas as partes. Enquanto
as injustiças ocorrem quando um indivíduo ou grupo é favorecido em detrimento do
prejuízo alheio.
Liberdade
A liberdade é um valor ético que sustenta as sociedades e
está relacionado com a possibilidade de as pessoas fazerem escolhas desde que essas
ações não restrinjam a liberdade de outras pessoas.
Assim, ficam garantidos
os direitos relativos às possibilidades de ação: liberdade de expressão, de credo,
de ir e vir, de gênero e outras liberdades individuais e coletivas.
Verdade
A verdade é um valor ligado à ideia de honestidade em relação
ao conhecimento e a informação de algo.
As ações devem ser
orientadas pela verdade para que os envolvidos possam ter garantido o acesso a fatores
relevantes para entendimento do contexto e possam realizar escolhas sem serem enganados
total ou parcialmente.
Respeito
A vida em sociedade
pressupõe a relação entre pessoas diferentes. Com isso, para que a relação entre as pessoas possa ser a melhor possível, cada pessoa deve compreender
a si e às
outras como sujeito, nunca como objeto. A compreensão do outro como sujeito é a
base do respeito, orienta as ações para que todos tenham resguardados o direito
às suas individualidades.
Solidariedade
Junto ao respeito,
a solidariedade parte da ideia que, em sociedade, as pessoas estão muitas vezes
em posições diferentes. A solidariedade é um princípio que visa ações possam atuar
como auxílio a pessoas em condições de dificuldade e vulnerabilidade.
Paz
A paz é um valor ético relativo à não-violência e à não-agressão,
ela ganhou sua relevância em um passado bélico.
Realizar a paz é
garantir que as pessoas posam viver tranquilamente,
sem riscos à sua integridade. A paz é um valor e um ideal ético para onde convergem
todos os valores.
Os 4 Princípios
da ética profissional - Os princípios são autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça.
Ética, princípios e valores
Para entendermos os princípios e valores éticos é necessário
entender o que é ética.
Ética é um grupo de princípios básicos
que pretende regular a conduta e modo de agir de um grupo social.
De uma maneira mais simples, a ética estuda os costumes das
pessoas em sociedade, criando princípios e valores para guiar as pessoas a terem
atitudes corretas e dentro da lei, que não
interfira no direito de outras pessoas.
Hoje várias classes utilizam a palavra ética para indicar os valores
de seu grupo social, como a ética médica, ética pública ou mesmo a ética de uma empresa.
A Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam as ações humanas
na sociedade e seus grupos.
Ser ético é respeitar seus semelhantes em relação à sua
vida, património e bem estar, e ter em mente a justiça social onde ninguém
seja prejudicado.
Simplificando: É ser honesto, solidário
e justo. Ser uma pessoa de caráter.
Princípios e valores éticos
Igualdade:
Este princípio diz que todas as pessoas são iguais e por isso,
devem ser tratadas sem preferências. Todas as pessoas devem ter as mesmas oportunidades,
direitos e deveres.
Aristóteles dizia que o princípio da igualdade
não é tratar todos iguais e sim que os iguais devem ser tratados de forma igual
e os desiguais de maneira desigual na medida de sua desigualdade. Na prática se
houver desigualdade devemos tratar de forma desigual para reduzir esta desigualdade.
Liberdade:
Liberdade significa o direito de agir segundo
a sua vontade, mas deve ser usada com responsabilidade para não prejudicar outra pessoa ou ferir princípios éticos e legais.
Temos por exemplo a liberdade de expressão na qual podermos falar sobre nossas opiniões
sem ser censurado. Mas esta liberdade tem limites quando esta opinião discrimina
pessoas, ou grupos com declarações injuriosas e difamatórias. É o poder que qualquer
pessoa pode usar, mas nos limites da lei.
Solidariedade/ fraternidade:
É um sentimento em relação ao sofrimento
dos outros, é ajudar as pessoas que precisam de ajuda. É uma responsabilidade mútua,
onde todos se sentem responsável um pelos outros cooperando entre si. São pessoas
em uma situação melhor ajudando outras que estão em situação pior que a sua.
Honestidade:
Ser honesto é ser verdadeiro, ou seja, não mente e não engana.
É uma pessoa que tem dignidade. É observador das regras morais.
A honestidade é ligada à pessoa íntegra,
decente e de honra, é uma pessoa que tem a coragem de cumprir com suas obrigações
corretamente, mesmo que gere alguma consequência, pois é uma pessoa de moral elevado.
Justiça:
É um princípio que mantém a ordem social,
é ser justo com todos respeitando o princípio da igualdade, onde todos somos iguais.
A justiça é “cega” buscando a igualdade de todos perante a lei. A pessoa justa se
preocupa com o bem estar de todos e não apenas o seu.
Responsabilidade:
É ser responsável e responder por seus
atos, mesmo que algo saia errado.
Respeito:
É o ato de respeitar e ter consideração
ao próximo. O respeito faz a pessoa não ter atitudes perversas contra outra. A pessoa
deve respeitar para ser respeitada. Respeitar é não ofender ou discriminar outra pessoa por que
ela pensa ou vive diferente de você ( se o viver ou pensar dela não desrespeitam outras pessoas).
Deontologia
A deontologia é um ramo da filosofia que pode ser aplicado à ética profissional.
Deontologia é entendida como a disciplina filosófica que estuda deveres e comportamento ético
, especialmente em relação à prática profissional. É um ramo da filosofia , intimamente ligado à ética normativa, cujo nome vem das palavras gregas
deontos (“obrigação” ou “dever”) e logos (“conhecimento”, “estudo”).
O código
deontológico ou código ético
é o conjunto de normas e princípios morais que regem o exercício de
determinada profissão , e que normalmente são promovidos por órgãos colegiados profissionais, podendo sua
licença profissional ser retirada aos que os violam.
Normas morais
Normas morais são aquelas que a sociedade usa para decidir
o que parece bom, correto ou adequado . Podem ser explícitos ou não, e se
definem a partir de uma tradição cultural e de valores tradicionais, não de um
código escrito ou estabelecido por consenso, como no caso das normas jurídicas.
Padrões
morais
Explicamos o que são padrões morais, suas
características e exemplos. Além disso, sua relação com as normas legais.
Características das normas morais
Em
linhas gerais, as normas morais têm um
conteúdo ético e filosófico que, provém de uma forma particular
de compreender e exercer a identidade cultural.
Todas
as sociedades têm algum tipo de normas morais. Também é possível que a mesma
sociedade apresente variações da norma moral dependendo do estrato
socioeconômico ou da classe .
Em
relação às suas características, as normas morais são ao mesmo tempo:
·
Heterônomas. Eles
são impostos a cada indivíduo pela comunidade sem consultá-lo.
·
Autônomas. Seu
cumprimento depende da disposição ética de cada um, levando, mais do que uma
sanção específica, a rejeição dos outros e a automortificação.
Exemplos de normas morais
Os
exemplos de normas morais variam
enormemente de sociedade para sociedade . Por exemplo, nas
sociedades islâmicas, é considerado imoral que
as mulheres usem o cabelo solto ou mostrem partes significativas
da pele.
Em
contraste, no Ocidente, essa é uma realidade comum e cotidiana. Além disso,
pareceria imoral para os ocidentais que uma mulher fosse severamente punida por
não cobrir o cabelo ou a pele com um pano, como é o costume da maioria dos
praticantes islâmicos ortodoxos.
Algo
semelhante ocorre com a pedofilia ,
prática comum na Grécia clássica da antiguidade , mas que hoje não apenas consideramos imoral, mas também
optamos por punir por lei, tornando-a crime.
Da mesma
forma, a homossexualidade era
considerada imoral em muitas regiões do globo. Ainda de fato, em alguns é até punível por lei;
mas a maioria dos países ocidentais, por outro lado, é algo mais ou menos aceite.
Códigos
Deontológicos
Códigos profissionais ou códigos de ética
são documentos nos quais se expressam as normas e valores que regem a prática
ética de uma profissão .
Explicam o que é necessário
para o bom exercício do trabalho profissional, principalmente em áreas e disciplinas
que envolvam significativa parcela de poder sobre outras, ou que coloquem todo o
destino de uma pessoa nas mãos de outra, como é o caso da medicina, psicologia , direito, jornalismo
e assim por diante.
Os códigos de ética funcionam como mecanismos pelos quais uma comunidade
profissional se regula , tarefa geralmente realizada por associações profissionais.
A partir daí, é controlado e fiscalizado que as ações do profissional colegiado
sejam sempre adequadas para não desacreditar a profissão e causar danos às pessoas
que deveriam estar ajudando.
Exemplos de aplicação
de deontologia
Código de ética do professor
O princípio
singular que deve guiar todas as posturas e decisões dos professores é o respeito
básico pelos estudantes, considerando a diversidade intelectual, predisposição à
aprendizagem, honestidade e integridade dos mesmos evitando-se assim estereótipos
e preconceitos, pois, indistintamente, todos ...
Deontologia Profissional
A Deontologia Profissional é uma condição
da ética adaptada especialmente para desempenhar o exercício de uma profissão, visando
o dever de agir corretamente.
Porém, seu significado
teve mais contribuições durante o estudo, como a contribuição de Immanuel
Kant, filósofo considerado o principal da era moderna (1453 — 1789), que
separou o termo em dois conceitos: razão prática e liberdade.
Agir por dever é a maneira de dar à ação, o seu valor moral e, por sua vez, a perfeição moral só pode ser atingida por uma livre vontade.
Podemos considerar
a palavra Deontologia Profissional como uma norma de conduta, que traz um conjunto
de princípios e regras para conduzir uma determinada profissão, sendo dada a cada
profissional — indivíduo/grupo de indivíduos — sua deontologia própria de acordo
com o Código de Ética da área de atuação.
Existem muitos
códigos de deontologia, sendo a base, sua responsabilidade de associações ou ordens
profissionais. Para se ter uma ideia, a primeira Deontologia Profissional criada
foi na Medicina, nos Estados Unidos. A criação desse código faz parte de um grande
conjunto de regras universais que expressam o sentimento ético em suas diversas
adaptações a fim de atender as particularidades de cada grupo/área profissional.
Entretanto, precisamos
nos atentar que, embora os códigos tenham o papel de oferecer uma conduta moral
com os Direitos Humanos, eles também podem
apresentar um perigo de monopolização de uma determinada área ou grupo de questões,
relativas a toda a sociedade, por um conjunto de profissionais.
Ética
Ética
é uma disciplina da filosofia que busca entender o modo como o ser humano deve agir
com base na análise da moral, dos hábitos e dos costumes de uma sociedade.
O que é ser ético?
Mesmo com a distinção entre ética e moral, muitas vezes ser
ético significa agir de acordo com a moral. No entanto, nem sempre a moral está
correta, sendo a ética aquela que pode verificar a validade das ações morais. As
pessoas esperam fórmulas prontas que apresentem de maneira mastigada o que é ser
ético. No entanto, a ética é constituída por vários elementos e várias regras que precisam ser pesadas e avaliadas para que o indivíduo
ético seja reconhecido.
Ser ético, no fim das contas, é agir bem,
buscando fazer o certo, não se desvirtuando e não causando prejuízo a outrem. Para podermos começar a pensar no que é ser ético, basta
que nos atentemos para as nossas ações e o impacto delas no meio. A minha ação prejudica
outras pessoas? A minha ação prejudica o coletivo em detrimento do meu lado individual
e pessoal? A minha ação é correta em relação
às normas locais? A “balança” moral de uma pessoa é o seu senso ético, que é capaz
de dizer se as suas ações são condenáveis ou não.
Ética profissional
Nesse caso, por tratar-se de uma especificação da ética em
relação a um recorte da sociedade, fica mais fácil definir o que estamos falando.
Se a ética é um conjunto de saberes que procuram definir o que é certo e errado
com base na análise da moral, a ética profissional é a aplicação desses saberes no campo do exercício da atividade de profissionais,
ou seja, daqueles que exercem profissões.
Nesse sentido, a ética profissional pode (e deve) ser aplicada,
por exemplo, por médicos, professores, vendedores ou quaisquer profissionais no
exercício de seus ofícios. Aplicar a ética, nesses casos, significa agir com lisura,
respeitando as leis, os códigos específicos da profissão, e manter uma conduta ilibada,
não prejudicando a outrem por meio de seu exercício profissional nem agindo apenas visando unicamente o benefício próprio.
Profissão professor
A MISSÃO do professor é formar pessoas
cultas, maduras, responsáveis, capazes de enfrentar, com acerto, as situações novas,
variadas e complexas do mundo atual. É formar cidadãos realizados, seguros de si e úteis
à sociedade.
Além do
trabalho de educar e ensinar na sala de aula, o professor precisa entrar no universo do aluno e ensiná-lhe também a respeitar regras básicas: saber esperar, obedecer e ter
disciplina, além de respeitar o limite das outras crianças.
Dentre as várias figuras que integram a escola, o professor
em Angola é uma das mais importantes, são eles que estão mais perto dos alunos e
que convivem mais directamente com eles, o que lhes permite, com um pouco de sensibilidade,
conhecê-los e percebê-los melhor. A profissão de professor em Angola tem uma implicação
afectiva muito importante, já que ele se relaciona com os alunos, as famílias e
os colegas de trabalho. Cabe a eles ter em mente a grandiosidade do valor que sua
profissão exerce na vida de um aluno. Por isso a prática educativa deve ser farta
de decência, compromisso e pureza.
Se o professor resgatar o seu valor e perceber que ele
não faz parte de uma profissão em extinção e sim de que é protagonista de uma acção
educativa, na qual sua mediação é fundamental, ele (a) retorna sua posição no estado
actual das coisas e possibilitará que o mesmo se modifique. (BARBOSA. 2002)
É a este profissional da educação que compete à responsabilidade
de trabalhar junto ao aluno para que ele adquira autonomia e desenvolva sua maturidade
sadiamente, enquanto cresce. O professor em Angola é comprometido com a educação
no âmbito geral vê o aluno como um todo e o ajuda a resolver conflitos normais da
idade pelos quais todas as gerações passam nas fases de desenvolvimento da infância,
adolescência e juventude. Nesses momentos firmam-se laços afectivos que ficaram
marcados e impressos no emocional do aluno deixando claro para ele que pode contar
com a escola em que estuda e com o professor com quem convive. É neste momento também
que o professor tem a oportunidade de fazer o aluno reflectir sobre suas decisões
seus comportamentos e suas atitudes.
[...] Não se pode pretender que a aprendizagem de valores
se dê meramente pela transmissão de conceitos que podem não ser significativos entre
as diversas culturas existentes, mais, sim, na possibilidade de reflexão crítica
das inúmeras situações quotidianas que se apresentam... (PUIG, 1998, p.15).
É através de seus professores que a escola imprime valores
no espírito dos seus alunos, as recomendações do que julga correcto, justo e ideal
para a prática de valores e para a construção moral do indivíduo, ajudando-os a
clarificarem, assumirem e colocarem em prática os valores dos quais eles já tiveram
um primeiro contacto no seio familiar, cabendo aos professores o reforço deste valores
e o acréscimo de novos outros.
Por isso o papel dos professores em Angola é tão importante,
pois cabe a eles no processo de educação de valores, imprimirem marcas morais que
acompanharam o aluno do momento em que foi ensinado até sua fase adulta e assim
por diante. No exercício de sua profissão este é um dos conteúdos mais marcantes
que ele transmitirá aos seus alunos, para tanto é fundamental que o professor tenha
a preocupação de transmitir estes conceitos com verdade, acreditando naquilo que
ensina.
Por isso é necessário que a educação em Angola seja de
valores intrínseca na fala destes professores, tendo a sensibilidade de observarem
as situações informais para perceberem melhor os alunos e compreenderem que ensinar
não é apenas transmitir os conhecimentos, mas é também gerar possibilidades que
oportunizem a criação de novos saberes por parte dos alunos, vê-los como seres inacabados
(onde há vida, há inacabamento), incentivando-os com sua postura autêntica a lidarem
com a verdade e a transparência, buscando a discussão, o debate, a reflexão do valor
que deseja transmitir.
Em decorrência da importância que tem a figura do professor
para seu aluno seja em qualquer um dos segmentos de ensino, a prática exigida do
professor muitas vezes é muito rígida. Ele assume o papel de formador de opinião,
torna-se o referencial, a imagem que a criança, o adolescente ou o jovem projectam
dele, é como um alicerce para construção de sua postura ética, a escolha da profissão,
o amor pela escola, afinidade com uma disciplina ou até mesmo a quebra de uma barreira
a uma determinada disciplina, como por exemplo, a matemática. Bons professores educam
para uma profissão, professores fascinantes educam para a vida (CURY 2003, p 35).
Os professores devem conhecer o funcionamento da mente para ajudarem seus alunos
a gerenciarem suas emoções e trabalharem suas perdas e frustrações.
[...] é a partir do conhecimento da realidade humana que
podemos entender o problema de valores. E com educação se destina (se não de fato,
pelo menos de direito) à formação do homem percebe-se já a condição básica para
alguém ser educador: ser profundo conhecedor do homem. (SAVIANE, 1996,)
É certo que o professor Angolano deve também preocupar-se
com a formação técnica e cientifica do aluno, saberes que os auxiliarão na escolha
da profissão por afinidade com as ciências técnicas, sociais e humanas que ele descobrirá
ao decorrer de sua carreira escolar. Em decorrência disto o professor deve ter ciência
do projecto pedagógico da escola e ter organizado o seu plano de ensino com actividades
lúdicas, reflexivas e conceituais sobre temas transversais, para que ele possa realizar
um trabalho educativo que contribua na construção da cidadania e na busca dos objectivos
que se propõe. É importante se ter o conhecimento técnico e a habilidade prática
para que se logre êxito no trabalho docente.
Quando me proponho a ensinar, reaprendo e me reciclo e
quem aprende constrói conhecimento. Cabe a nós professores desfazermos a ideia vigente
de que os sonhos se acabaram e que hoje devemos ser extremamente pragmáticos e técnicos
para estarmos no mercado de trabalho quando nos formarmos, mas sem uma formação
ética muito bem consolidada não iremos longe, tanto o professor quanto o aluno devem
ter humanidade, curiosidade, coragem, capacidade de decisão. O objectivo fundamental
do professor é ensinar os alunos a serem pensadores e construtores do conhecimento
e não apenas repetidores de informações.
[...] Porque se o (a) professor (a) não tiver voz, não
tiver desejo de aprender, desejo de se revisitar, não tiver coragem de ousar, essa
transformação não acontecerá, pois é ele (a) a figura capaz de colocar o discurso
em prática. (BARBOSA, 2002)
A arte de educar em Angola é dificílima e ao mesmo tempo
fascinante. Um processo de ensino aprendizagem dicotómico, pois o mesmo professor
que impõe limites é o mesmo que acolhe nos momentos difíceis, que exige o cumprimento
das regras, dos horários, prazos para entrega de trabalhos, tanto no ensino fundamental
quanto no médio, definhe muito bem o que pode e o que não pode na educação infantil
preparando o aluno para os nãos que enfrentará na vida. O professor angolano deve
ter coragem e compromisso para desempenhar a profissão que escolheu. Para (FREIRE,
1996, p.16) o preparo científico do professor ou da professora deve coincidir com
sua rectidão ética.
Ele se tornará inesquecível quando seus alunos fizerem
à diferença, quando ele começar a colher os frutos de um trabalho bem feito, de
educação bem fundamentada em conceitos científicos e morais que não foram apenas
repassados de maneira não objectiva, mas sim em uma prática docente responsável
e que teve a preocupação de experimentar aquilo que se propôs a ensinar. Cabe ao
professor não simplesmente o adestramento dos indivíduos, mais sim a formação da
vida social mais justa. Os alunos de hoje são os homens e mulheres que irão compor
a sociedade de amanhã, serão médicos que terão vidas em suas mãos, advogados que
trabalharão a justiça, políticos que administrarão o dinheiro público e como acreditar
em uma futura sociedade melhorada se educarmos nossos alunos com total descompromisso
hoje? Independente do aluno que o professor tenha em sala de aula é seu dever lutar
para que ele se torne uma pessoa cada vez melhor. Por trás dos piores alunos há
um mundo a ser descoberto e explorado.
[...] O bom profissional da educação é aquele que usando
sua competência (autoridade) legal, se orienta não só pelos preceitos vigentes,
mais também pelos princípios morais e éticos para poder escolher bem suas decisões,
seu comportamento e seus próprios caminhos. (SANTOS, 2004, p. 38)
O professor lida com a formação de seres humanos, recebe
crianças ainda bebés na idade 3 a 6 anos na Educação Infantil, pré-adolescentes
e adolescentes nos dois ciclos do Ensino Fundamental em plena transição de valores
e opiniões buscando a formação de sua personalidade e ainda tendo que enfrentar
o Ensino Médio, a revisão de todos os conteúdos e ainda tem que definir que profissão
irão seguir. Em todo esse contexto encontra-se o professor que irá mediar directamente
esse processo, sua figura é extremamente importante para que o fim que se tenha
seja o sucesso na formação do nosso aluno, como cidadão livre e consciente de seus
direitos e deveres.
Professor e aluno da nova geração em angola
A tarefa da
educação em Angola é a construção da autonomia dos indivíduos. Buscar respostas
é uma tarefa do próprio jovem. O pensamento do professor, educador e filósofo Mario
Sergio Cortella define bem a importante missão de um professor e educador. Auxiliar
a nova geração a construir seu próprio pensamento é tarefa nobre – e um desafio
também. Em tempos de internet, games e muitos estímulos, como acompanhar esta geração
e deixá-la interessada em sala de aula? Nunca houve tantas fontes de informação
nem tanto acesso a elas. Em uma de suas palestras, Cortella afirmou que o tempo
de atenção concentrada de um aluno mudou de 50 minutos para sete minutos. Então,
mais do que nunca, o professor deve se integrar a esta nova realidade, se informar,
se interessar. Segundo o educador, é preciso estabelecer pontes com este novo mundo
em que o jovem vive. Um bom ponto de partida para o diálogo é pedir auxílio no uso
de tecnologias; “eles adoram ensinar”, recomenda o professor.
Hoje em Angola,
cada vez mais, a figura do professor de costas para o aluno, escrevendo no quadro,
está ficando para trás. Os nativos digitais – aqueles com menos de 20 anos – têm
uma noção acelerada de processos e de aprendizado, onde tudo é simultâneo. Os mais
velhos são considerados imigrantes digitais, aqueles que aprenderam a lidar com
a tecnologia, mas não nasceram envoltos nela. São duas vivências diferentes e que
muitas vezes entram em conflito. “Uma parte do conteúdo escolar parece ultrapassada
ou extremamente datada para esses jovens, ao contrário de antigamente, quando a
escola era quase que fonte exclusiva para acesso ao conhecimento letrado”, explica
Mario Sergio. Contudo, é preciso não confundir informação com conhecimento. “As
tecnologias oferecem informação, mas cabe à escola orientar o jovem para transformar
informação em conhecimento”, pondera o professor.
“A escola tem
de ficar em estado de prontidão para acompanhar uma parcela das mudanças, que acontecem
de forma extremamente veloz. Isso porque nem tudo o que vem do passado tem de ser
levado adiante. A escola precisa distinguir o que vem do passado e deve ser protegido,
ou seja, o que é tradicional, daquilo que precisa ser deixado para trás porque é
arcaico” (Cortella). Por exemplo: se uma escola, lá em 2004, baseasse seu projeto
pedagógico no Orkut, hoje ele já estaria completamente defasado substituído pelo Whatsapp. O mesmo aconteceria
com o pen drive, que certa vez disseram que seria o substituto da mochila e hoje
é muito pouco usado (os jovens guardam tudo em nuvens). Ou seja, a escola tem de
ficar atenta ao novo, mas não ser refém da novidade, isso nas palavras do próprio
Mario.
E o questionamento
que fica é: como conquistar o aluno quando o mundo todo lá fora da sala de aula
parece mais interessante? Cortella relembra um conceito básico, porém às vezes esquecido:
“ninguém deixa de se interessar por aquilo que interessa. Nós temos que saber o
que interessa ao aluno para, a partir daí, chegar ao que é necessário”. Para isso,
é preciso também se interessar pelo universo deles, como já foi dito, saber que
desenho assiste e quais os programas, músicas, aplicativos preferidos, etc. “Hoje,
a escola não pode ser extremamente abstrata, como no meu tempo. O conteúdo tem de
ser conectado com o dia a dia”, reforça Mario Sergio. É preciso incorporar, assimilar
o que eles já fazem. “A geração anterior, de quem já tem mais de 30 anos, só se
comunicava pelo telefone. Esta geração de crianças e jovens voltou a escrever –
no Facebook, no Twitter, no WhatsApp, em blogs.
Por fim traz-se o papel do professor principalmente em Angola que tenha como
base em sua acção supervisora as directrizes e bases na orientação dos administradores
escolares, uma visão global da escola, auxílio no planejamento, coordenação e execução
do Plano Educacional e do Plano Curricular cabendo a ele ainda dominar as especificidades
do trabalho educativo. Mas acreditamos que um profissional que tenha todas essas
atribuições e que seja responsável pela elaboração do Projecto Político Pedagógico
da escola, não possa estar alheio às finalidades almejadas pela instituição que
representa alheio também as necessidades locais da comunidade e muito menos trabalhar
de maneira isolada. O Professor em Angola
tem de ter um papel político, pedagógico e de liderança no espaço escolar, deve
ter humildade para saber trabalhar em grupo, e saber ouvir os demais profissionais
da educação que compõe a sua equipe e tendo argumentação teórica que garanta o êxito
de suas propostas de mudanças e melhorias dentro da escola. Em Angola para
que se tenha uma grande escola e se alcance o sucesso dela é fundamental que se
tenha uma preocupação maior no momento da formação da equipe de profissionais que
estará atendendo as necessidades dos alunos, lidando com os professores, atendendo
aos pais e a comunidade em geral.
Independentemente da formação, o professor deve apresentar basicamente o seguinte perfil: amar a profissão, ser comunicativo, ter facilidade de se relacionar
com o outro, ter equilíbrio emocional, ser criativo e empático.
O que é ser um bom professor:
5 qualidades fundamentais
A
profissão de professor é uma das mais admiráveis e importantes que existem. Ele
é o responsável por ensinar o que sabe e o que continua aprendendo, mas também de
transformar a sociedade, criando bases sólidas para a construção de um país melhor.
Acima de tudo, o professor tem o papel de incentivar pessoas e impactá-las de uma
forma positiva visando um futuro mais promissor e a concretização de sonhos. A chave
para saber o que é ser um bom professor
está na dedicação, paciência e persistência.
Além disso, são qualidades de um
bom professor se manter atualizado, sobretudo
com as novas tecnologias e inovações, e procurar constantemente novas estratégias
e métodos de ensino para que o conhecimento chegue para todos os alunos. O profissional
geralmente carrega essa paixão por ensinar muito latente dentro de si e não mede
esforços para atingir os seus objetivos junto à classe.
Qual deve ser o perfil de um professor?
Os desafios de um professor são diários
e para se ter sucesso na profissão não basta apenas ter uma formação. Desta forma,
alguns requisitos são fundamentais para chegar a um perfil ideal, como ser comunicativo,
ter facilidade de se relacionar com as pessoas, ser criativo, amar o seu ofício
e saber se colocar no lugar do outro, ou seja, ter empatia. Ele precisa pensar “fora
da caixa”, buscando novas possibilidades para tornar as aulas mais atrativas e,
assim, manter os seus alunos motivados.
Do mesmo modo, o professor, quando
se sente motivado e carrega esse estímulo pela profissão, faz das dificuldades uma
oportunidade de desenvolvimento e aprendizado. O seu propósito é oferecer um ensino
de qualidade e para isso está sempre tentando dar o seu melhor e encorajar os seus
alunos. Ele, inclusive, vai buscar ferramentas que contribuam para que as suas aulas
possam ir além do trivial, com opções mais lúdicas, tornando-as mais dinâmicas e
empolgantes.
O que é preciso para ser um bom professor:
5 qualidades fundamentais
1 – Conexão humana
Apesar de toda a tecnologia que temos
hoje e das habilidades que um professor precisa ter, a conexão humana será sempre
essencial. Na escola, além do conteúdo aplicado, muitos alunos buscam neste ambiente
uma oportunidade de acolhimento, de resolução de conflitos e outros tipos de suporte.
É neste lado humano que existe na figura do professor que eles encontram um alento
diante das adversidades.
2 – Ter facilidade
de comunicação
Um bom professor precisa se comunicar
bem. Apesar de na maior parte do tempo ele ser o responsável por emitir a informação
por meio do conteúdo passado aos alunos, é necessário que o docente também saiba
ouvir e entender o que eles querem dizer. No caso de crianças nos primeiros anos
de escola, nem sempre a mensagem delas é clara, então, neste caso, também será necessário
interpretá-la. É importante saber dialogar e estar sempre atento às necessidades
individuais de cada pessoa.
3 – Buscar aperfeiçoamento
Toda profissão precisa de atualização
e aperfeiçoamento constantes. Afinal, o mundo muda muito rápido e a tecnologia tem
acelerado esse processo. Mas, no caso do professor, como a função dele é ensinar,
ele jamais pode estagnar no aprendizado. Ele precisa ter sempre essa energia de
buscar mais conhecimento, novos métodos e ferramentas. Nesse sentido, a tecnologia
pode ser uma aliada, pois contribui no preparo das aulas e as tornam mais interativas,
junto com o apoio e mediação do docente.
4 – Capacidade de adaptação
Como os professores enfrentam novos
desafios e contratempos com frequência, é essencial que eles tenham essa capacidade
de adaptação e não percam o fascínio por ensinar. Um grande exemplo que temos hoje
é o ensino online, pois muitos docentes tiveram que se moldar ao novo formato a
distância, que tem ganhado cada vez mais adeptos. Desta forma, ele precisa criar
um planejamento e contar com plataformas ágeis e que estejam alinhadas com o seu
projeto pedagógico.
5 – Ser responsável
e dar o exemplo
O professor costuma ser um espelho
e inspiração para os seus alunos. Por isso, é importante estar atento às suas atitudes
em sala e ter respeito a cada ritmo de aprendizagem. Além disso, preparar a aula
com antecedência, tendo o cuidado de seguir um cronograma de ensino para que ele
seja cumprido ao final de cada semestre/curso, é um item fundamental que demonstra
responsabilidade e comprometimento.
E você, tem vontade de ser professor?
Se esse for o seu objetivo, aqui neste texto você encontra muita informação sobre
o que é ser um bom professor. E para
os profissionais que lecionam Educação Física, confira dicas para ministrar suas aulas online.
Desafios e importância do papel do professor
na atualidade
Ao longo de muitas e muitas décadas, as instituições de
ensino (da educação básica à superior) eram consideradas verdadeiros templos do
conhecimento, e seus professores os mestres detentores de tudo aquilo que era realmente
importante de ser levado para a vida.
Entretanto,
nos últimos anos, com as revoluções tecnológicas, esse cenário vem se alterando
profundamente. A escola ou a faculdade não são mais os únicos lugares onde é possível
aprender: o conhecimento está em toda parte, e foi democratizado principalmente
por meio da internet. Com isso, se antes o professor era o principal transmissor
do conhecimento, hoje ele vem assumindo papéis e funções diferentes – e não menos
importantes!
Pelo
contrário: o papel do professor, na atualidade, está muito mais associado à mediação
do processo de construção autônoma do conhecimento por parte dos estudantes, o que
muda o jogo para muitos docentes e faz com que eles trabalhem com muito mais dinamismo
do que antes.
Neste
artigo, você entenderá melhor qual é esse novo papel, quais são seus desafios e
quais são as competências necessárias para desempenhá-lo. Continue lendo para saber
mais!
Os desafios do mundo contemporâneo para
a prática docente
Antes
de refletir a respeito dos novos papéis que o professor desempenha hoje, vale discutir
os desafios contemporâneos para a prática docente como um todo.
A
princípio, é necessário pontuar que, embora os alunos (e suas necessidades) estejam
em processo de constante e rápida evolução nas últimas décadas, nem sempre as práticas
pedagógicas e as instituições de ensino os acompanham com a mesma rapidez e dinamismo.
Escolas,
faculdades e universidades vêm preparando seus estudantes considerando habilidades
e competências que seriam úteis nos dias de ontem. Quando melhor, os preparam para
os dias de hoje – o que também não é interessante.
Estudantes
devem ser preparados para a transição entre o hoje e o amanhã e para o próprio amanhã,
ainda que este seja incerto e passível de mudanças, justamente porque é nesse espaço
em que exercerão sua cidadania e se tornarão profissionais capazes de melhorar a
sociedade.
Para
fazer essa mudança, é fundamental entender os desafios que se colocam à frente das
IES e dos docentes. Veja abaixo!
1. Alunos da geração
Z (em maioria)
Em
sua maioria, os estudantes das IES são da geração Z, isto é, geração dos nascidos
a partir do fim da década de 1990 do século 20. Eles são nativos digitais, ou seja,
nasceram e cresceram com tecnologia acessível como parte de seu quotidiano e, por isso, estão permanentemente
conectados.
Com
isso, práticas pedagógicas mais antigas, que desconsideram completamente o uso de
tecnologias digitais, têm mais probabilidade de gerar desinteresse nesses alunos.
O uso constante de smartphones e redes sociais traz muitos estímulos diferentes
que disputam a atenção do estudante, e é necessário refletir a respeito de como
utilizar esses recursos a favor das práticas pedagógicas.
2. Adaptação a metodologias
novas e engajantes
Também
pela mudança de perfil dos estudantes, um dos grandes desafios à prática docente
contemporânea é a adaptação a novas metodologias, que engajem os estudantes e proporcionem experiências
de aprendizagem suficientes para o desenvolvimento de habilidades e competências
pertinentes às novas realidades.
Essas
novas metodologias devem levar em consideração, por exemplo, as necessidades de
aprendizagem particulares de cada aluno, possibilitando que cada um possa desenvolver
seu próprio caminho de aquisição de conhecimento. Assim, é necessário romper com
metodologias e práticas ultrapassadas, que já não motivam e não fazem sentido nos
tempos atuais.
3. Motivação de docentes
Além
dos desafios dentro da sala de aula, na relação entre professor e aluno, há também
um desafio relacionado à motivação do próprio docente. Tantas adaptações a serem
feitas requerem um esforço contínuo, e é imprescindível que os professores se sintam
motivados durante esse processo.
Há
uma tendência na sociedade recente de diminuir – e até contrapor – o valor da profissão
docente, o que se traduz em exaustivas cargas de trabalho, baixos reajustes salariais,
entre outros. Com isso, um dos grandes desafios das IES é reverter esse processo.
O papel do professor na atualidade
Os desafios para a prática docente discutidos
acima dizem respeito, sobretudo, à dinâmica que se estabeleceu no mundo contemporâneo
– regido, principalmente, pelas relações que se dão a partir da tecnologia. Nesse
mundo, a instituição de ensino deixa de ocupar seu papel de templo absoluto do conhecimento
e passa a se tornar um dos espaços onde é possível construí-lo!
Não é necessário ir muito longe para entender
o porquê: basta alguns poucos toques dos dedos em um smartphone ou computador para
acessarmos infinitas fontes de conhecimento, como livros, videoaulas, tutoriais,
entre muitos outros. Com isso, se antes o docente era mestre, detentor e transmissor
do conhecimento, hoje a relação se modifica: o papel do professor na atualidade
é o de mediador do conhecimento, aquele
que acompanha e orienta seu estudante no próprio processo de aprendizagem.
Esse papel se desdobra em um tripé que pode ser
considerado a base da atuação do professor com seus alunos.
Facilitar a aprendizagem
A primeira
“perna” do tripé é a facilitação da aprendizagem. Com isso, queremos dizer que o
professor deve ter a habilidade de mediar, facilitar o processo de aquisição do
conhecimento do estudante, muito mais do que apenas transmitir o que já sabe.
Facilitar
está relacionado a estimular o estudante, criar oportunidades que o permitam construir
seu caminho diante do conhecimento. Também está relacionado à criação de experiências
de ensino que favoreçam a consolidação do conhecimento por meio da aprendizagem significativa – isto é, quando a aprendizagem ocorre baseada em
conhecimentos prévios do estudante, expandindo seu repertório e ressignificando
o que ele já sabe.
Como estudantes conseguem acessar todo tipo de
conteúdo com muita facilidade, torna-se papel do professor auxiliá-lo a entender
o que fazer com todo esse material disponível.
Desenvolver habilidades e competências
Vimos que
é importante que as instituições de ensino preparem o estudante para o futuro, considerando habilidades e competências que
os tornarão cidadãos atuantes e bons profissionais. Com isso, é imprescindível considerar
que um dos papéis do professor na atualidade é, justamente, promover experiências
que possibilitem que o estudante desenvolva essas habilidades.
Entre as habilidades mais exigidas pelo mercado
e pelas empresas estão empatia, flexibilidade e capacidade de autogerenciamento,
colaboração em equipes, valores éticos, senso forte de cidadania e justiça social,
entre outros. Assim, além de facilitar o conhecimento, é fundamental que docente
e IES estimulem o fortalecimento dessas competências nos futuros profissionais que
estão formando.
Ensinar a conviver
Uma das
funções basilares de toda instituição de ensino, desde a pré-escola até as faculdades
e universidades, é justamente ensinar a conviver.
Esse é um
dos pilares que se mantém firme também na perspectiva do educador: além de facilitar
a aprendizagem e de promover o desenvolvimento de habilidades para o exercício da
cidadania e do trabalho, é papel dele estimular o convívio saudável, a construção
da cidadania em si e do pensamento crítico.
As competências
necessárias para ser professor na atualidade
Vimos que
todas as transformações pelas quais o mundo passou nas últimas décadas tornam necessária
uma mudança profunda nas práticas pedagógicas, no papel do professor e na relação professor-aluno. Entretanto, nada disso é possível sem uma grande
e constante preparação do docente – em outras palavras, a formação continuada.
Conforme
escreveu o célebre educador Jean Piaget, “a preparação dos professores constitui
a questão primordial de todas as reformas pedagógicas, pois enquanto ela não for
resolvida de forma satisfatória, será totalmente inútil organizar belos programas
ou construir belas teorias a respeito do que deveria ser realizado”.
Portanto, da mesma maneira que o papel do professor
na atualidade é, entre outros, ajudar a formar competências para o futuro, para
que ele consiga desempenhá-lo, ele mesmo deve desenvolver algumas habilidades. Veja
quais são as principais!
1. Criatividade e inovação
Conseguir
inovar e usar da própria criatividade (e de recursos criativos) constantemente é
um dos grandes diferenciais dos professores preparados para lidar com o mundo contemporâneo.
No caso, inovação e criatividade estão associados a conseguir se adaptar ao ritmo
dos jovens estudantes da geração Z, que têm seu próprio ritmo e exigem estímulos
muito mais dinâmicos do que os que se estabeleciam no formato tradicional de transmissão
de conhecimento.
Agora, muito mais do que isso, é necessário construir
espaços seguros de construção do saber, o que exige capacidades de criar e inovar
por parte do docente. Uso de metodologias significativas, que coloquem o estudante
no centro do processo de aprendizagem (como condutor e protagonista dele), é uma
parte desse percurso. Além disso, incorporar de maneira inteligente a tecnologia em sala de aula (muito mais do que simplesmente
bani-la ou restringi-la, como é a tendência dos modelos tradicionais) pode ser um
dos grandes diferenciais para que estudantes se mantenham engajados e tenham qualidade
no próprio aprendizado.
2. Estímulo ao pensamento crítico
Uma educação
que preza pelo desenvolvimento de habilidades como autonomia passa necessariamente
pelo estímulo ao pensamento crítico, isto é, estímulo ao pensamento que reflete,
analisa e critica, de forma responsável, todas as informações e opiniões com as
quais se depara.
Diante de um oceano de informações que parece
infinito, uma das habilidades fundamentais para o professor voltado ao futuro não
é mais apenas buscar transmitir o conhecimento “certo”, e sim auxiliar seus alunos
a construir parâmetros e critérios robustos que os permitam “navegar” por esse oceano
sem cair em informações falsas ou deturpadas. Pelo contrário: o estudante deve ter
autonomia suficiente para não apenas reproduzir conteúdos de forma automática, e
sim consumi-los com consciência.
Com isso, essa autonomia bem construída que leva
ao pensamento crítico pode tornar seus estudantes pessoas que têm boa capacidade
de tomar decisões, que sabem atuar de maneira cidadã.
3. Letramento tecnológico
e curadoria de conteúdo
Como as necessidades relacionadas ao dinamismo
das novas gerações estão intimamente vinculadas ao uso das tecnologias, é importante
que o professor desenvolva seu próprio letramento tecnológico, que possibilite que
ele consiga utilizar as tecnologias em sala de aula com autonomia e da maneira correta
para engajar os estudantes. No momento que vivemos, não dá mais para desassociar
completamente as experiências de aprendizagem do uso dos recursos digitais, por
isso a necessidade.
Além disso, o bom letramento tecnológico do professor
também o ajuda a realizar uma curadoria de conteúdo de aula mais eficiente, que
engaje e se conecte melhor com seus alunos, fortalecendo a aprendizagem significativa.
4. Empatia
Essa é uma habilidade essencial para qualquer
pessoa que viva em sociedade no mundo contemporâneo. Desenvolver a empatia é fundamental
para que o professor desenvolva um senso de profundo respeito e parceria com seus
estudantes, entendendo suas facilidades e dificuldades, suas aspirações e limitações.
Saber se colocar no lugar do aluno, mesmo que ele seja de uma geração muito diferente
da sua, é essencial para o desempenho do papel do professor na atualidade.
Deveres e direitos do professor
Dever de ser assíduo
e pontual. Dever de participar ativamente na vida escolar. Dever de não limitar
a ação educativa à sala de aula. Dever de utilizar, no processo de ensino-aprendizagem,
os métodos mais adequados e de diligenciar pelo seu aperfeiçoamento constante, tendo
em vista o sucesso educativo.
A ética profissional está ligada à postura que se espera de um profissional, no exercício de uma determinada tarefa ou profissão. Ou seja, é a conduta que o indivíduo deve observar em sua atividade, no sentido de valorizar a profissão ou atividade laboral e bem servir aos que dela dependem.
Então,
no âmbito geral a ética profissional está relacionada ao agir de acordo com os princípios
e valores estabelecidos pela profissão que exerce e o ambiente em que esse profissional
está inserido.
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